Moedas

Dólar passa a subir frente ao real em sessão instável com expectativa por arcabouço fiscal

29 mar 2023, 9:23 - atualizado em 29 mar 2023, 10:21
Dólar
Às 9:43 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,28%, a 5,1800 reais na venda, abandonando leves perdas iniciais (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O dólar passou a subir frente ao real nesta quarta-feira, em meio a negociações instáveis, com investidores aguardando mais informações sobre o novo arcabouço fiscal do Brasil em dia de reunião “conclusiva” de ministros sobre o tema.

Às 9:43 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,28%, a 5,1800 reais na venda, abandonando leves perdas iniciais. A moeda norte-americana vem de uma sequência de três quedas diárias consecutivas.

Na B3, às 9:43 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,24%, a 5,1825 reais.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na véspera que irá discutir nesta quarta com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o novo arcabouço fiscal, em uma reunião que será “conclusiva”. Há expectativas no mercado de que, passada essa reunião, a proposta para as contas públicas possa ser anunciada ainda nesta semana.

Desta forma, investidores trabalhavam em compasso de espera, com muitos agentes destacando a importância da divulgação do novo marco o mais breve possível de forma a dissipar incertezas.

“Esse novo marco é visto como essencial para lidar com questões fiscais”, explicou a XP em nota.

“Esperamos um arcabouço fiscal que englobe uma regra de controle de gastos, um quadro de despesas de médio prazo e um programa de revisão de gastos. No entanto, não esperamos que a regra de gastos seja obrigatória para os próximos anos, portanto a estabilização da dívida ainda é incerta.”

Já o Citi disse em relatório que, “dado que as reuniões costumam estar sujeitas à agenda dos políticos e que foram adiadas várias vezes recentemente, não se descartam riscos de novos atrasos” na divulgação do arcabouço.

“De qualquer forma, esperamos que a âncora estabeleça um crescimento real do gasto público primário de 0,7%-1,5% (vinculado à demografia e ao crescimento do PIB, respectivamente) ao ano”, afirmou o credor norte-americano.

No exterior, o dólar tinha leve alta contra uma cesta de pares fortes, mas o ambiente global continuava benigno, num geral, depois de alguns dias sem novas disrupções no setor bancário. O nervosismo do mercado sobre o estresse financeiro também foi amenizado nos últimos dias por uma venda apoiada por reguladores dos EUA de ativos do Silicon Valley Bank.

Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,80%, a 5,1657 reais na venda.

(Atualizada às 10:21)

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