Mercados

Dólar tem alta de 0,38% e fecha a R$ 4,10 após vaivém no acordo EUA-China

13 dez 2019, 18:13 - atualizado em 13 dez 2019, 18:13
dólar contando dinheiro
O dólar subiu 0,38%, a 4,1086 reais na venda (Imagem: Unsplash/@sharonmccutcheon)

O dólar fechou em alta moderada contra o real nesta sexta-feira, depois de intenso vaivém especialmente na parte da manhã, em meio à onda de notícias sobre o acordo comercial entre Estados Unidos e China.

Depois de cair a 4,0757 reais na venda (-0,43%) às 12h07 –nova mínima em cinco semanas atingida após o anúncio do acordo–, a moeda tomou fôlego e firmou alta na parte da tarde, conforme investidores avaliaram o acordo comercial como menos positivo do que o colocado nos preços, com cancelamento de tarifas, mas manutenção das já existentes e carência de detalhes oficiais sobre outros pontos.

Ao fim da sessão no mercado interbancário, às 17h, o dólar subiu 0,38%, a 4,1086 reais na venda.

Na semana, contudo, a cotação ainda recuou 0,89%. É a segunda baixa semanal consecutiva.

Assim como o real, outras moedas emergentes e associadas ao risco perdiam terreno nesta sessão, com destaque negativo para o iuan chinês negociado fora da China, em queda de 0,9% ante o dólar, pior desempenho entre 33 rivais da moeda dos EUA.

Na B3, em que os negócios vão até as 18h15, o contrato de dólar futuro mais movimentado tinha alta de 0,38%, a 4,1080 reais.

Com a leve alta desta sexta, o dólar “defendeu” o suporte técnico na média móvel linear de 100 dias, em torno de 4,095 reais. Mas a cotação ainda segue abaixo de sua média móvel linear de 50 dias, perto de 4,13 reais, rompida recentemente.

A queda abaixo de linhas de suporte pode acionar ordens automáticas de vendas e reforçar movimentos de baixa da moeda norte-americana.

Até o fim do mês, o Citi espera que o dólar caia a 4,05 reais, com a moeda rondando os 4 reais ao longo de 2020, mas com viés de baixa.

“Acreditamos que esse movimento de alívio se deva sobretudo pelo exterior, para o qual vemos um cenário levemente benigno, no sentido de acomodação”, disse o economista-chefe do Citi Brasil, Leonardo Porto.

Apesar da alta do dólar nesta sessão, a volatilidade implícita da moeda –uma medida da incerteza no mercado cambial– voltou a cair. A volatilidade para três meses recuava a 10,275% ao ano, perto das mínimas desde 2014.

“Isso mostra um mercado que vê a alta do dólar nas últimas semanas não como sinal de aversão a risco, mas por fatores estruturais, como o juro baixo, que no fim é uma coisa boa”, explicou Serra, da Absolute.

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