Dólar sobe pelo 4º dia com exterior e Fed, em dia volátil
O dólar à vista fechou em alta frente ao real pelo quarto dia seguido, cotado a R$ 5,17 para venda, em pregão de forte volatilidade.
A moeda norte-americana oscilou entre mínimas de R$ 5,12 (queda perto de 0,7%) e máximas de R$ 5,20 (alta de mais de 0,8%). Mas acabou encerrando os negócios com leve valorização perto de 0,2%.
Relendo a ata
Há quem diga que o dólar “andou de lado” calibrando a leitura da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), no dia seguinte à sua divulgação. Como também declarações de dirigentes da autoridade monetária.
O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse ser favorável a uma alta da taxa de juros de 0,75 ponto percentual (pp) em setembro, segundo publicou o “Wall Street Journal”.
Bullard disse ao jornal ver um processo de cerca de 18 meses para levar a inflação de volta à meta de 2% do banco central.
Contudo, a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, declarou que a elevação da taxa de juros de 0,50 ou 0,75 ponto percentual (pp) será uma maneira “razoável” de levar os custos dos empréstimos de curto prazo para pouco mais de 3% até o fim do ano. E o aperto pode continuar um pouco mais em 2023.
Ganhando terreno
Lá fora, o Dollar Index atingiu a maior pontuação desde meados de julho, a 107,5 pontos, mostrando que a moeda ganhou terreno ante os pares.
O gerente de mesa de câmbio da Correparti, Guilherme Esquelbek, comenta que a moeda global passou a ganhar força no fim da manhã com dados nos Estados Unidos.
Números na lupa
As vendas de moradias usadas caíram 5,9%, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 4,81 milhões de unidades no mês passado, o nível mais baixo desde maio de 2020.
Por outro lado, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu moderadamente na semana passada.
Isso sugere alguma perda de força no mercado de trabalho em meio a taxas de juros mais altas.
“Os números refletem alguma desconfiança [do mercado] sobre uma moderação no ritmo de alta de juros pelo Fed, à medida que a inflação persiste em níveis mais altos”, comenta Esquelbek.
Amanhã
Em dia de agenda econômica mais fraca, investidores devem seguir avaliando números recentes nos Estados Unidos e os sinais do Federal Reserve em relação aos próximos passos da política monetária.
E claro, de olho nas eleições 2022.
*Com Reuters
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