Dólar sobe e volta a se aproximar dos R$ 4,80; veja cotação
Em um dia marcado pela última ata do Copom, o dólar à vista fechou a terça-feira em alta ante o real, após sinalizações de que o Banco Central poderá começar a cortar juros no Brasil já em agosto, enquanto no exterior o viés predominante para a divisa norte-americana era negativo.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7985 reais na venda, com alta de 0,68%.
Na B3, às 17:04 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,59%, a 4,7980 reais.
Pela manhã, o dólar chegou a recuar, marcando a cotação mínima de 4,7510 reais (-0,32%) às 9h26, seguindo a tendência mais recente de baixa ante a moeda brasileira e em sintonia com o exterior, onde a divisa norte-americana também cedia.
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Mas perto das 10h o dólar migrou para o positivo. Por trás do movimento estiveram a divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC e o resultado do IPCA-15 de junho — ambos com indicações de que o início do ciclo de cortes da taxa básica Selic poderá começar em agosto.
A expectativa de uma Selic mais baixa, para o mercado de câmbio, se traduz em um diferencial de juros menor para o Brasil, o que em tese tende a reduzir o fluxo de moeda norte-americana para o país.
“No início do dia, o dólar acompanhou lá fora, onde a divisa estava se desvalorizando. Depois veio o IPCA-15, sugerindo corte de juros já em agosto. E a ata também veio no sentido de corte de juros”, comentou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora.
A expectativa de uma Selic mais baixa, para o mercado de câmbio, se traduz em um diferencial de juros menor para o Brasil, o que em tese tende a reduzir o fluxo de moeda norte-americana para o país.
Com isso, as cotações do dólar tendem a se ajustar em alta, com investidores recompondo parte das posições compradas na moeda norte-americana.
Ainda assim, o avanço do dia foi incapaz de fazer a divisa superar os 4,80 reais no mercado à vista, em um sinal de que a visão mais geral sobre o Brasil ainda é positiva.
No exterior, no fim da tarde o dólar mantinha-se em baixa ante uma cesta de divisas fortes.
Às 17:13 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,24%, a 102,480.