Dólar sobe e flerta com R$ 5,15 com um olho no exterior e outro na eleição
O dólar à vista acelerou a alta frente ao real e sobe 1%, negociado perto dos R$ 5,15 com investidores locais atentos ao exterior e inserindo os riscos políticos na agenda com o início da campanha eleitoral.
Há pouco, saíram dados da produção industrial total nos Estados Unidos, que subiu 0,6% em julho ante junho, segundo dados do Federal Reserve.
Para o operador da Commcor Corretora, Cleber Alessie, somado aos dados mais fracos na China ontem, merece atenção a hipótese de que a perda de tração da atividade vem diluindo apostas demasiadamente “hawkish” (agressiva) em termos das conduções de política monetária pelos principais Bancos Centrais.
Lá fora, o Dollar Index saiu de uma alta perto dos 106,900 pontos para uma ligeira queda de 106,480 pontos.
Investidor estrangeiro pede passagem
O gerente de câmbio de uma corretora nacional acrescenta que a continuidade de entrada de investidor estrangeiro na bolsa brasileira pode limitar a alta do dólar no mercado doméstico.
Até sexta-feira, 12 de agosto, havia sido registrado um aumento de R$ 10,05 bilhões no fluxo financeiro de estrangeiros na B3. Com isso, este mês torna-se o quarto com maior saldo positivo no ano.
Eleições 2022: Dada a largada
A corrida presidencial entra de vez na agenda do mercado já que hoje começou, oficialmente, a campanha eleitoral. Veja aqui quais devem ser os impactos da eleição no dólar.
Além da eleição
O radar do mercado local segue atento também à inflação e aos sinais do Banco Central quanto aos próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) com a taxa básica de juros (Selic).
Após a décima segunda alta seguida da taxa no início deste mês, o Copom sinalizou e o mercado entendeu que, na reunião de setembro, haverá pausa no ciclo de elevação dos juros.
A economista da Rico Investimentos, Rachel Sá, pondera que o aumento da percepção de risco aqui e lá fora também piora as expectativas sobre a inflação no futuro. O que reflete no enfraquecimento da moeda local em relação ao dólar.
Segundo a profissional da Rico, o real foi o que mais se desvalorizou recentemente ante a divisa norte-americana na comparação com as principais moedas de países emergentes.
O contrato futuro do dólar com vencimento em setembro tinha alta de 0,9%, cotado perto de R$ 5,17.
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