Dólar sobe 2,4% e fecha a R$ 5,21 em meio a rali, commodities e ruídos políticos
O dólar (USDBRL) disparou nesta terça-feira, registrando a maior alta diária em quase dez meses e cruzando a linha dos 5,20 reais, na máxima desde maio.
A cotação foi alavancada pelo rali global da moeda norte-americana, em meio ao tombo nas commodities, e por dúvidas sobre a política monetária brasileira e consequências eventuais do tensionado ambiente em Brasília.
A pressão sobre o câmbio tem se intensificado –as altas diárias nas cinco sessões anteriores ficaram entre 0,15% e 1,37%. O dólar emendou a sexta alta consecutiva, mais longa série do tipo desde junho do ano passado.
Nesta terça, a moeda negociada no mercado à vista subiu 2,40%, a 5,2106 reais na venda. O ganho percentual é o mais forte desde 18 de setembro de 2020 (+2,77%). O patamar é o mais elevado desde 31 de maio (5,2254 reais).
Ao longo deste pregão, a cotação variou de 5,0757 reais (-0,25%) e 5,2135 reais (+2,46%).
O real teve o pior desempenho global nesta sessão e encabeçou uma lista de perdas liderada sobretudo por moedas de commodities (assim como a brasileira).
O dólar tinha um amplo rali, ganhando contra 30 de uma lista de 33 pares. O índice da moeda norte-americana subia 0,3% no fim da tarde, chegando a se aproximar de máximas em três meses.
O mercado está em ampla expectativa pela divulgação na quarta-feira da ata da última reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos, que pode trazer pistas sobre possível redução de estímulos ou alta de juros por lá.