Dólar sobe 1,95% em maio e Ibovespa cai 4,12%; ouro lidera ganhos no ano

Por Ângelo Pavini, da Arena do Pavini

O dólar comercial fechou maio em alta de 1,95%, o melhor desempenho entre os ativos financeiros do mês, impulsionado pela crise política deflagrada pelas denúncias contra o presidente Michel Temer feitas pelo sócio da JBS, Joesley Batista, em sua delação premiada. O ouro, cotado em dólar, pegou carona na alta da moeda americana e subiu 1,50%.

Já o Índice Bovespa caiu 4,12% em maio, também como reflexo da crise política, que pode comprometer o andamento das reformas, especialmente a da Previdência, e retardar a recuperação da economia brasileira. A bolsa foi inclusive a única aplicação que perdeu da inflação no mês, considerando o IGP-M, que caiu 0,93% em maio, ampliando o ganho real da renda fixa.

Na renda fixa, por sua vez, o melhor desempenho foi dos fundos pós fixados, que aplicam em papéis corrigidos pelo juro diário privado, o CDI, ou público, a Selic, e que acompanharam a alta dos juros depois do início da crise política. Fundos renda fixa de prazo mais longo (duração alta) tiveram perdas nos papéis indexados à inflação, como as NTN-B, ou prefixados, como as LTN. Esses papéis, com juros mais baixos, perderam valor após a alta dos juros, reduzindo o ganho no mês.

No ano, o ouro segue com ganho de 10,27%, reflexo das incertezas externas, que puxaram os preços do metal no exterior. A renda fixa também é destaque no ano, enquanto o Índice Bovespa ainda acumula ganho em 2017 de 4,12%. Já o dólar, apesar de toda a instabilidade de maio, está em queda no ano, de 0,46%, o que reduz o impacto da crise política nos mercados, já que a moeda americana poderia puxar a inflação.

Confira abaixo o desempenho dos principais ativos do mercado ordenados pelo desempenho no mês:

No ano, o ouro segue com ganho de 10,27%, reflexo das incertezas externas, que puxaram os preços do metal no exterior. A renda fixa também é destaque no ano, enquanto o Índice Bovespa ainda acumula ganho em 2017 de 4,12%. Já o dólar, apesar de toda a instabilidade de maio, está em queda no ano, de 0,46%, o que reduz o impacto da crise política nos mercados, já que a moeda americana poderia puxar a inflação.

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Confira os ativos em ordem de ganhos no ano:

Fonte: B3, Banco Central, Anbima, FGV, CMA. Os dados de fundos são projeções feitas pela Anbima com base nas cotas até dia 26 de maio. O imposto de renda das aplicações de renda fixa é calculado com base em uma alíquota de 15%, válida para aplicações acima de 2 anos. O ganho das cadernetas de poupança tem por base aplicações feitas no dia 1º do mês.