Economia

Dólar, Selic e PIB para cima: As projeções do BTG Pactual para o 2º semestre de 2024

01 jul 2024, 17:37 - atualizado em 01 jul 2024, 17:37
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BTG Pactual atualiza projeções para a economia brasileira (Imagem: Rmcarvalho/Getty Images)

O BTG Pactual atualizou suas projeções para a economia brasileira no segundo semestre de 2024 (2S24).

Para o Produto Interno Bruto (PIB), as expectativas subiram de 2,3% para 2,4% em 2024. A atualização soma a surpresa positiva no atividade no primeiro trimestre (1T24) — alta de 0,8% — com a piora nas condições financeiras — elevação das taxas de juros longas desde abril.

Em relação ao segundo trimestre do ano (2T24), o BTG espera um crescimento de 0,5%, já incorporando o possível impacto negativo de 0,2 ponto percentual (p.p.) devido às enchentes no Rio Grande do Sul.

Além disso, os economistas esperam rápida recuperação da atividade econômica nas regiões afetadas, principalmente nos investimentos para restabelecimento do capital físico destruído. Isso leva o banco a prever um efeito total nulo no PIB de 2024, mas com efeito positivo nos investimentos.

Já para 2025, as expectativas caíram de 2,2% para 1,8%.

Dólar e Selic

Diante do cenário de riscos altistas para inflação e expectativas desancoradas, o BTG elevou as projeções da Selic terminal em 2024 para 10,50%, ante 9,5% a 10% no início do ano.

Na última reunião de política monetária, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por manter a taxa em 10,50% ao ano, com unanimidade. Isso, segundo os economistas, corroborou com as declarações dos diretores que o dissenso do encontro anterior foi em torno do custo de descontinuidade da projeção, mas que havia convergência na análise de conjuntura.

Entre os principais fatores que justificam o aperto do cenário macroeconômico recentemente, o banco destaca: o aumento das incertezas do mercado quanto ao cumprimento de metas fiscais pelo governo; e o mercado de trabalho ainda aquecido tem sido vetor de preocupação.

Além disso, vale citar os impactos trazidos pelo setor externo sobre as expectativas dos agentes, sobretudo por conta dos juros altos por mais tempo nos Estados Unidos (EUA), elemento que tem colaborado para o ganho de força do dólar ante o real.

Para o câmbio, inclusive, o BTG vê a moeda fechando o ano a R$ 5,20, sendo, portanto, outro possível fator de pressão nos preços.

Vai ter corte de juros nos EUA?

O BTG avalia que, no primeiro trimestre de 2024, o destaque em termos de volatilidade ficou para os EUA.

O país começou o ano com projeções de cortes na curva de juros a partir de março. No entanto, os dados de mercado de trabalho ainda robustos, juntamente com surpresas inflacionárias altistas, foram ventos contrários à confiança do Federal Reserve (Fed).

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Com isso, o Banco Central norte-americano endureceu sua comunicação e adiou o ciclo de afrouxamento monetário. Hoje, o CME FedWatch Tool, ferramenta que mostra as probabilidades dos próximos passos do Fed, indica que o início do corte de juros deve começar em setembro, com 59,9% de chances.

O BTG também vê espaço para cortes este ano. “Ainda esperamos dois cortes de juros neste ano, com a taxa encerrando o ano entre 4,75% e 5,00%”, dizem.

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