Mercados

Dólar salta e real tomba: É o mercado buscando proteção contra alta de juros nos EUA

15 set 2022, 18:45 - atualizado em 15 set 2022, 18:45
dólar
Dólar subiu por todo o pregão em meio à cautela de investidores com decisão de bancos centrais na semana que vem, como o Fed (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O dólar à vista fechou em alta de 1,4% frente ao real, negociado na casa dos R$ 5,23, com investidores locais em busca de proteção antes de decisões de bancos centrais, na semana que vem.

Com isso, o real foi a moeda que mais se desvalorizou no dia entre as mais relevantes do mundo.

O gestor da Galapagos Capital, Fábio Guarda, avalia que a divisa local exibiu valorização desde o início do mês. Com isso, o movimento foi uma soma de ajuste com cautela.

Efeito inflação

É a tal proteção antes da “Super Quarta” de decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom).

Guarda destaca que, desde a divulgação dos dados de agosto da inflação dos Estados Unidos, acima do esperado, o mercado global elevou a percepção de risco.

A inflação persiste, e a leitura é de um Fed mais agressivo nas próximas reuniões de política monetária, tanto que o mercado passou a considerar alta da taxa de juros em 1 ponto percentual (p.p.) e com apostas de que a autoridade monetária seguirá o ritmo de altas mais expressivas nas próximas reuniões.

Fluxo de dólar… para os EUA

O economista da Valor Investimentos, Paulo Henrique Duarte, destaca que o dólar seguirá pressionado no curto prazo em meio à elevação de juros pelo Fed mais intensa do que o mercado esperava.

“Os Estados Unidos devem manter essa taxa mais alta e por mais tempo. Isso está gerando fluxo [de dinheiro] para eles. Só observar o rendimento da curva de juros deles”, diz.

Duarte refere-se ao rendimento do título de dívida de 2 anos, que rendem perto de 3,87%, no maior patamar desde outubro de 2007.

E o nosso Banco Central?

Guarda, da Galapagos, observa que investidores locais parecem estar duvidando que o Banco Central (BC) encerre o ciclo de alta da taxa Selic também na semana que vem. Segundo ele, as apostas de que o Copom pode elevar a taxa em 0,25 p.p., para 14%, cresceram.

Até então, a aposta majoritária é de que o BC manterá a taxa em 13,75%.

Amanhã

As eleições se aproximam e, hoje, mais uma pesquisa de intenção de votos será divulgada. É a vez do Datafolha.

O profissional da Galapagos Capital diz que a dinâmica da eleição não mudou nesta semana.

Segundo ele, as pesquisas mostram que deve mesmo ter segundo turno, mas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com uma diferença mais confortável em relação ao presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição.

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