Dólar ronda estabilidade frente ao real antes de provável pausa do Fed
O dólar alternava estabilidade e leve queda frente ao real nesta quarta-feira, com todos os olhos voltados para o Federal Reserve, que mais tarde provavelmente anunciará uma pausa em seu agressivo aperto da política monetária.
Às 9:52 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,07%, a 4,8588 reais na venda.
Na B3, às 9:52 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,17%, a 4,8725 reais.
“Dia da tão aguardada decisão do Fed… os dados do índice de preços ao consumidor de ontem melhores que o esperado contribuíram para mais um dia positivo e hoje os mercados seguem no azul otimistas com a possibilidade de manutenção dos juros em 5%-5,25%, apesar das apostas de novo aumento em julho”, escreveu o Banco Inter em nota nesta quarta-feira.
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Na véspera, dados mostraram que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos ficou em apenas 0,1% em maio, com alta de 4% na base anual, a mais fraca em mais de dois anos. Além disso, nesta manhã, uma leitura mostrou que o índice de preços ao produtor para a demanda final caiu 0,3% no mês passado devido aos custos mais baixos de energia, depois de subir 0,2% em abril.
Operadores calculavam cerca de 92% de chance de o Fed manter os custos dos empréstimos inalterados nesta quarta-feira, embora boa parte do mercado veja probabilidade elevada de haver novo aperto em julho.
O dólar tende a ser pressionado em cenário de estabilidade ou eventual redução dos juros nos EUA, uma vez que uma política monetária menos restritiva tornaria a rentabilidade da maior economia do mundo menos atraente para investidores estrangeiros, que passariam a direcionar seu dinheiro para países de retornos mais altos.
Nesta sessão, participantes do mercado também apontavam a valorização de commodities importantes como um suporte para o real, à medida que cresciam as esperanças de mais estímulos econômicos na China. Nesta semana, o país asiático cortou algumas de suas principais taxas de juros de curto prazo de forma a reestimular a recuperação de danos causados pela Covid-19.
No Brasil, o foco continua sobre o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne na semana que vem. A autarquia deve deixar a taxa Selic inalterada em 13,75%, mas possivelmente deixará a porta aberta para eventuais cortes de juros.
A divisa norte-americana fechou a última sessão em queda de 0,12%, a 4,8622 reais na venda, menor patamar em pouco mais de um ano.
(Atualizada às 10:16)