Mercados

Dólar reduz queda após empolgação com Powell

26 ago 2022, 12:50 - atualizado em 26 ago 2022, 12:50
Jerome Powell Federal Reserve2
Dólar opera em queda, indo à mínimas de R$ 5,06, digerindo discurso de Powell em Jackson Hole e inflação nos EUA (Imagem: Kevin Dietsch/Pool via Reuters/File Photo)

O dólar à vista opera em queda frente ao real nesta sexta-feira (26), reduzindo as perdas em linha com o exterior. A moeda norte-americana chegou a renovar mínimas sucessivas a R$ 5,06 para venda.

Isso porque o mercado se empolgou com o tão aguardado, porém rápido, discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole.

Por volta das 12h40, o dólar tinha queda de 0,8% – após cair mais de 1% – cotado a R$ 5,08.

O Dollar Index oscilava sem direção única, aos 108,5 pontos. Após o discurso de Powell, o índice chegou a cair abaixo dos 108 pontos.

Powell hawkish ou dovish?

O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, avalia que a fala do mandatário do Fed foi “hawkish” (agressiva).

Porém, isso não quer dizer que o ritmo de elevação da taxa de juros em 0,75 ponto percentual (pp) seja mantido, segundo o analista. 

“Powell fez questão de sinalizar para a possibilidade de desaceleração, o que, somado à fala ‘hawkish’, traz uma perspectiva de que o ciclo se alongue”, comenta.

Na análise do BTG Pactual, o presidente do Fed confirmou as expectativas e subiu o tom em relação ao cenário de inflação. 

“Ainda que ele tenha reconhecido a surpresa baixista de inflação, relativizou seus efeitos por tratar de apenas uma primeira leitura nesse direcional”, diz a equipe econômica do banco.

Eles acrescentam que a política monetária do banco central norte-americano deve ficar restritiva por “algum tempo”.

Para o BTG, o mercado suavizou a queda do dólar exibida ao fim do discurso, dado que o Fed deixou aberto o cenário para setembro.

Inflação americana

Antes de Powell em Jackson Hole, o dólar já recuava reagindo ao índice de preços de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês). 

Um dos indicadores mais importantes de inflação dos Estados Unidos e preferido do Fed, o PCE caiu 0,1% em julho ante junho.

Com indicador abaixo das previsões, diz o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, o mercado entendeu naquele momento que o Fed pode ser menos agressivo, em setembro.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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