Dólar recua 1,5% com exterior; política local segue no radar
O dólar à vista opera em queda de 1,5% frente ao real, negociado nas mínimas do pregão, no nível de R$ 5,07. A moeda norte-americana perde força global com indicadores nos Estados Unidos.
Porém, a espera pelo Simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira, segue no radar do mercado. O sentimento ainda é de apreensão nas mesas de operações, diz o operador da Commcor Corretora, Cleber Alessie. Isso porque investidores seguem na defensiva desde a semana passada.
Com isso, as expectativas de alta de 0,75 ponto percentual da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em setembro, foram renovadas.
Contudo, Alessie comenta que o mercado renovou também a expectativa de que o presidente do Fed, Jerome Powell, siga com um discurso bastante vigilante no combate à inflação.
“O suspense, em bom português, reside na possibilidade de Powell reforçar ou diluir tal sentimento”, diz.
Lá fora, o Dollar Index cai 0,7%, perto de 108,3 pontos.
Indicadores dos EUA
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, divulgado no fim da manhã, indicou que a manufatura desacelerou em agosto, de 52,2 em julho para 51,7 em agosto. Por outro lado, o PMI de serviços ficou em território contracionista, com 44,1 em agosto ante 47,3 pontos em julho. Indicadores acima de 50 pontos indicam expansão, enquanto abaixo de 50 apontam para contração da atividade econômica.
A equipe econômica do BTG Pactual avalia que os números de serviços foram uma surpresa negativa, explicada pelo arrefecimento da demanda em meio a uma deterioração da confiança dos consumidores e inflação elevada. Já o índice de emprego registrou o menor ritmo de expansão de 2022.
Segundo os analistas do banco, a perda de ímpeto da atividade econômica já era esperada, diante uma menor contribuição do consumo de bens e do setor industrial, influenciado pelo aperto das condições financeiras e aumento dos preços.
Bolsonaro no JN
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro abriu a rodada de sabatinas do Jornal Nacional com candidatos à presidência da República.
Analistas viram a participação de Bolsonaro no principal telejornal do país como positiva diante da postura moderada do presidente.
Para a equipe da XP, o fato de Bolsonaro não ter escorregado dá argumentos ao eleitor de fora do núcleo duro para manter seu voto no presidente.
Além disso, os analistas de política da corretora comentam que, do pouco que houve de interação sobre economia, o destaque foi a valorização da reforma da Previdência por Bolsonaro. Apesar da ausência das principais promessas da campanha, como a de manter o Auxílio Brasil em R$ 600 e a correção da tabela do Imposto de Renda.
Já o BTG Pactual destaca que a declaração do presidente de que pretende manter a política econômica iniciada em 2019 e que o resultado das urnas será respeitado.
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