Dólar recua 0,16% e fecha a R$ 4,93 com reforma tributária e dados dos EUA
O dólar (USDBRL) fechou em leve queda ante o real nesta segunda-feira, depois de oscilar entre ganhos e perdas na sessão, com investidores ainda digerindo a segunda etapa da reforma tributária, mas evitando grandes movimentações à espera de dados de emprego nos EUA nesta semana.
O dólar à vista subiu 0,16%, a 4,9288 reais, após variar entre 4,9732 reais (+0,72%) e 4,9179 reais (-0,40%).
Na B3 (B3SA3), o dólar futuro de primeiro vencimento, ainda o mais líquido, caía 0,23%, a 4,9245, às 17h19, com pouco mais de 216 mil contratos negociados até então. Nesse patamar, o giro caminha para ser o menor desde 24 de maio.
O mercado operou nesta segunda sem grandes catalisadores, com o movimento externo tampouco dando sinal definitivo sobre os preços, conforme investidores entraram em modo de espera por dados do mercado de trabalho dos EUA a serem divulgados no fim da semana.
Lá fora, o índice do dólar tinha alta de 0,15%. Em Nova York, os índices de ações S&P 500 e Nasdaq terminaram em máximas recordes. [.NPT]
Aqui, o mercado se estabilizou depois do susto da sexta-feira, quando o governo divulgou a segunda etapa de reforma tributária –que desagradou a boa parte do mercado por, segundo algumas análises, implicar aumento de impostos.
Na sexta, o dólar chegou a subir 1,40%, antes de fechar com valorização de 0,64%. O Ibovespa, que sofreu um tombo no fim da semana passada sob impacto do noticiário da reforma, subiu 0,14% nesta segunda, também estabilizando-se.
De forma geral, analistas seguem com visão mais benigna para o câmbio no Brasil, o que tem sido em parte compartilhado por investidores estrangeiros.
O Morgan Stanley relatou aumento de alocação em real na América Latina, junto com outras moedas. “A curva de juros em reais não é mais um fator de venda de real, após a sequência de altas promovidas pelo BCB nos últimos meses”, disseram estrategistas do banco em nota.