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Dólar recua e Ibovespa futuro sobe nesta terça-feira; veja o que move os mercados

19 jul 2022, 9:08 - atualizado em 19 jul 2022, 9:12
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Dólar recua e Ibovespa futuro sobe nesta terça (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O dólar operava em leve queda na abertura do pregão desta terça-feira (19). Por volta das 9h00, a moeda norte-americana recuava 0,50%, a R$ 5,4105

A moeda à vista segue em linha com o fechamento de segunda-feira (17), quando operava em leve alta contra o real, a R$ 5,4375.

Ainda nesta manhã, o Ibovespa futuro abria o dia em alta. Às 9h10, o índice valorizava 61%, cotado a 98,2 mil pontos.

Na véspera, o índice futuro fechou o pregão no vermelho, com desvalorização de 0,09%, a 97.570 pontos.

Mercados hoje

Os mercados internacionais iniciam a terça-feira tentando se firmar no campo positivo, após os temores de recessão voltarem a pesar nas bolsas de Nova York ontem.

O anúncio da Apple, de que planeja desacelerar as contratações e os investimentos no próximo ano, seguiu-se às medidas recentes tomadas por outras gigantes de tecnologia, como Alphabet, Amazon, Meta e Snap. Os alertas sugerem que uma desaceleração no mercado de trabalho dos Estados Unidos está a caminho, elevando os riscos de perda de tração da economia americana.

Os sinais vindo do setor imobiliário nos EUA são igualmente preocupantes, após o índice NAHB sobre a confiança das construtoras, divulgado ontem cair ao nível mais baixo desde maio de 2020. Hoje, serão conhecidos novos indicadores sobre os imóveis, referente à construção de moradias.

Vale lembrar que a dinâmica do setor imobiliário é relevante para as perspectivas de inflação nos EUA.

Ao mesmo tempo, a curva de rendimento (yield) dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) continua a emitir alertas sobre uma possível recessão a partir do segundo semestre de 2023, em meio à inversão nos yields dos Treasuries de 2 e de 10 anos.

No Brasil, o cenário externo mais avesso ao risco somado à proximidade das eleições presidenciais já alongam os prazos dos títulos soberanos oferecidos pelo Tesouro Nacional em leilão, diante do desinteresse do investidor estrangeiro e dos retornos mais elevados exigidos para financiar a dívida pública.

E às vésperas da reunião do Banco Central Europeu (BCE), a inflação ao consumidor (CPI) de junho na zona do euro renovou a máxima histórica em junho, subindo a 8,6% na taxa anual, o que alimentou apostas de que o autoridade monetária da região da moeda única pode optar por uma dose mais cavalar na alta dos juros na reunião desta semana, subindo a taxa em 0,50 ponto percentual (pp), ao invés de 0,25 pp.  

*Com Olivia Bulla

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