Dólar: Por que o fundo Verde zerou posição comprada na moeda
O fundo Verde, do renomado gestor Luis Stuhlberger, zerou posições compradas em dólar contra o real ao longo do mês passado, segundo carta mensal aos investidores.
A gestora destacou que o prêmio de risco nos mercados se manteve estável em abril, mas listou como positivo os “sinais em relação às receitas fiscais, com o governo obtendo substantiva vitória no STJ na questão dos benefícios de ICMS na base dos impostos federais”.
“Parece aumentar a probabilidade de que as metas fiscais de 2023 e 2024 sejam cumpridas (permanecem como desafios importantes 2025-2026)”, disse a Verde.
A gestora vê o Congresso como contraponto importante em algumas decisões do governo e cita o saneamento e o arcabouço fiscal, “onde os sinais apontam para melhoras no projeto”.
Outras mudanças além do dólar
O fundo reduziu marginalmente exposição na bolsa brasileira, e voltou a ter exposição comprada em bolsa global.
A posição comprada em inflação implícita no Brasil foi mantida, segundo a Verde, que acrescentou que continua tomado em juros na parte curta da curva e comprado em inflação nos EUA.
“A posição em ouro foi mantida, e retomamos uma pequena alocação em petróleo”, informou. “As posições em crédito high yield global foram marginalmente reduzidas e aquelas em crédito local foram mantidas”.
Ganhos e perdas
O fundo Verde teve em abril ganhos nas posições de commodities, ouro e petróleo, na posição de juros longos europeus, e no livro de bolsa global, segundo a carta da gestora.
O documento informa ainda que as perdas vieram das posições de inflação, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, no dólar e em menor medida na carteira de ações brasileiras.