Moedas

Dólar perde força ante real e passa a acompanhar exterior após formação da Ptax

30 jun 2022, 15:40 - atualizado em 30 jun 2022, 15:40
Dólar
Após a fixação da taxa, o dólar começou a perder ímpeto, e, às 15:17 (de Brasília), a divisa à vista avançava 0,10%, a 5,1962 reais na venda (Imagem: Pixabay/Foto-Rabe)

O dólar devolveu boa parte de seus ganhos iniciais contra o real nesta quinta-feira, acompanhando a fraqueza da divisa norte-americana no exterior passada a tradicional disputa pela formação da Ptax.

A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para liquidação de derivativos. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas ou vendidas em dólar, o que geralmente eleva a volatilidade.

Nesta sessão, os comprados em dólar, que apostam na alta da moeda, pareceram prevalecer, com a Ptax fechando em 5,2374 reais para compra e 5,2380 reais para venda, de acordo com o BC. As consultas para formação da Ptax sempre se encerram no início da tarde.

Após a fixação da taxa, o dólar começou a perder ímpeto, e, às 15:17 (de Brasília), a divisa à vista avançava 0,10%, a 5,1962 reais na venda.

Depois de chegar a subir 1,55% pela manhã, a 5,2720 reais, a moeda norte-americana caiu 0,07%, a 5,1878 reais, na menor cotação do dia, alcançada por volta de 14h30.

Na B3, às 15:17 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,95%, a 5,2380 reais.

A perda de força estava em linha com a movimentação internacional do dólar, cujo índice frente a uma cesta de moedas fortes abandonou ganhos iniciais e caía 0,4% nesta tarde.

O foco de investidores continuava sobre as perspectivas econômicas de países desenvolvidos, à medida que seus bancos centrais seguem apertando a política monetária de maneira agressiva.

Mesmo passada a formação da Ptax do final de junho, investidores não descartavam volatilidade cambial para o resto da sessão, já que o final de semestre traz vencimentos de contratos de várias classes de ativos, o que tradicionalmente impõe instabilidade aos mercados do mundo inteiro.

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