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Dólar: Nome de Haddad na Fazenda não agrada mercado e moeda dispara mais de 2%

07 nov 2022, 18:03 - atualizado em 07 nov 2022, 18:03
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Dólar sobe mais de 1% em correção e reprovando o ex-prefeito de SP como possível ministro da Fazenda de Lula (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo)

O dólar à vista voltou a subir frente ao real e interrompeu a sequência de seis pregões seguidos de queda. O movimento de correção local vem com o mercado doméstico reprovando o nome de Fernando Haddad, que ganhou força para assumir o Ministério da Fazenda no governo Lula.

Com isso, a moeda norte-americana disparou perto de 2,4% frente ao real e fechou cotada praticamente na máxima do dia, a R$ 5,17 para venda, em sessão de forte volatilidade. O contrato futuro com vencimento em dezembro também subia mais de 2%, perto de R$ 5,19. Lá fora, o Dollar Index caía 0,6%, aos 110,1 pontos exibindo o enfraquecimento da divisa americana ante seus principais pares.

O nome do ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação é o mais novo cotado do mercado para assumir a pasta, hoje chamada de Ministério da Economia.

O sócio de uma corretora local diz que o nome do petista estressa os ativos locais por ser “um nome político” e não próximo do mercado. “O Haddad seria um bom nome para ocupar o Ministério da Casa Civil ou da Educação, novamente. Para a Fazenda ou Economia, não. Seria melhor um nome de mercado ou que o mercado aprove”, comenta.

O sócio-analista da Ajax Asset, Rafael Passos, comenta que o mercado “comprou muito forte o nome de [Henrique] Meirelles” para assumir a Fazenda e segue na expectativa de que o nome dele seja confirmado. “Nomes que surgiram hoje, como o Haddad, deram esses susto nos investidores e refletiu na alta do dólar”, comenta.

O ex-presidente do Banco Central (BC) nos dois governos de Lula e ex-ministro da Fazenda no governo de Michel Temer é um dos nomes ventilados para assumir a pasta há algumas semanas.

Passos reforça que o mais relevante será a equipe que irá compor o Ministério da Fazenda. “Pode até ser que o ministro seja um nome político, mas o mais relevante é ter uma equipe técnica mais firme. O mercado deve oscilar até ter, de fato, a definição dos nomes”, pondera.

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