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Caixa turbinado e ainda mais baratas: Veja 3 ações que ganham com alta do dólar

10 jul 2024, 12:28 - atualizado em 10 jul 2024, 12:31
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Por outro lado, de nada adianta a empresa ter receitas relacionadas ao dólar se as dívidas também estiverem ancoradas na moeda (Imagem: Pixabay)

Se a disparada do dólar é uma dor de cabeça para o governo e os brasileiros, no caso de algumas empresas ele pode ser a salvação, ou, pelo menos, ajudar a incrementar os lucros no final do semestre. São companhias exportadoras que recebem em dólar e que, na conversão ao real, podem ter o caixa ‘turbinado’ com a alta da moeda, que não custa lembrar, passou de R$ 5,10 no início de maio para os atuais R$ 5,40.

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Em relatório enviado a clientes, o Safra cita três ações de sua cobertura: Usiminas (USIM5; compra), a Suzano (SUZB3; compra) e a Gerdau (GGBR4; neutro). De acordo com o analista Ricardo Monegaglia, que assina o relatório, além das receitas ligadas à moeda, essas empresas possuem menos dívida em moedas estrangeiras.

“Um real mais fraco geralmente aumenta os resultados operacionais das empresas sob nossa cobertura, levando a uma maior geração de caixa e a uma contração na relação EV/Ebitda (valor de mercado sobre resultado operacional)”, discorre.

Por outro lado, de nada adianta a empresa ter receitas relacionadas ao dólar se as dívidas também estiverem ancoradas na moeda. “Isso pode compensar o impacto positivo de resultados operacionais mais fortes na margem”, diz.

Ainda mais baratas

Para Usiminas, a Suzano e a Gerdau, o Safra diz que o trio negocia com o maior desconto em relação à sua média de cinco anos de EV/Ebitda em um cenário de uma taxa média de R$ 5,50/USD em 2025. Por exemplo, a Usiminas negociaria a 2,7x (42% de desconto), a Suzano a 4,7x (28% de desconto) e a Gerdau a 3,2x (27% de desconto).

“Acreditamos que o Ebitda mais alto e a forte geração de fluxo de caixa ampliam uma dinâmica de avaliação já descontada para essas empresas”, afirma.

O Safra recorda que os custos expressos em moeda estrangeira referem-se principalmente ao diesel, às matérias-primas utilizadas no produto final e ao frete marítimo.

“A Usiminas e a CBA (CBAV3) apresentam o maior aumento do Ebitda com depreciação adicional de BRL0,10/USD na taxa média de câmbio em 2025, 6% superior ao nosso Ebitda de caso-base, provavelmente devido a margens Ebitda menores. Por outro lado, margens Ebitda mais altas tornam a mesma mudança cambial menos significativa para a Vale (+1%) e Suzano (+2%)”, calcula.

Do ponto de vista do valor da empresa, a Klabin (KLBN11) e a Suzano apresentariam o maior incremento em EV (valor de firma) em um cenário de real mais fraco, provavelmente devido à maior exposição à dívida denominada em dólar e maior participação da dívida em seu EV, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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