Dólar e Ibovespa futuro avançam nesta quarta (31) com indicadores econômicos no radar

O dólar abre o pregão desta quarta-feira (31) em alta. Por volta das 9h00, a moeda avançava 0,36%, a R$ 5,1408.

A moeda norte-americana fechou a terça-feira (30) em alta de 1,59%, cotada a R$ 5,112, com dados dos Estados Unidos, que aumentam as apostas de novas altas de juros, no radar.

Ainda nesta manhã, o Ibovespa futuro opera também em alta. Às 9h05, o índice valorizava 0,56%, cotado a 112,4 mil pontos.

Na véspera, o índice futuro fechou o pregão no vermelho, com queda de 2,20%, a 111.700 pontos.

Mercados hoje

Ibovespa hoje: Mercados seguem pressionados por cenário de inflação e juros altos

O Ibovespa chega ao último pregão de agosto com a valorização de 7% acumulada no mês sob ameaça. A narrativa sobre inflação e juros altos volta a assustar o mercado financeiro, sobrepondo-se aos riscos de recessão, diante do compromisso dos bancos centrais de conter a alta dos preços.

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A postura dos BCs a favor de aumentos mais agressivos nos juros e taxas mais altas por mais tempo é encorajada pela rodada mais recente de indicadores econômicos. De um lado, as condições ainda apertadas do mercado de trabalho sustentam a decisão do Federal Reserve de manter um aperto monetário rígido para trazer a inflação à meta.

De outro, a taxa anual recorde do índice de preços ao consumidor (CPI) na zona do euro, que subiu a 9,1% em agosto, reforça as chances de uma alta de 0,75 ponto percentual (pp) pelo Banco Central Europeu (BCE) na semana que vem.

Portanto, esses números estão em claro desacordo com os preços atuais dos ativos de risco. Da mesma forma, minam qualquer expectativa de cortes nas taxas de juros em 2023. E é isso que explica a ressaca dos mercados globais desde o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, em Jackson Hole.

Porém, o mau humor do dia está restrito ao petróleo. Os investidores seguem atentos à crise de energia na Europa, que avança hoje com a nova parada para manutenção no gasoduto Nord Stream. A interrupção do fornecimento de gás russo deve durar três dias, mas há o receio de que esse período também possa se prolongar.

*Com Olivia Bulla

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