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Dólar tem 3ª queda consecutiva com tramitação do pacote fiscal no Congresso e fecha a R$ 6,00

05 dez 2024, 17:11 - atualizado em 05 dez 2024, 17:11
dolar - real
O dólar à vista estendeu as perdas pela 3ª sessão consecutiva com aprovação da urgência do pacote fiscal na Câmara dos Deputados ontem (4) (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

Nesta quinta-feira (5), o dólar à vista (USDBRL) acelerou as perdas ante o real com a celeridade da tramitação do pacote fiscal, apresentado na semana passada, no Congresso Nacional.

Na comparação com o real, a divisa norte-americana encerrou as negociações a R$ 6,0097 (-0,63%). Durante a sessão, a moeda voltou a operar abaixo de R$ 6 e atingiu mínima intradia a R$ 5,9608 (-1,44%).



O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, caiu 0,57%, aos 105,747 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, os investidores reagiram ao avanço do pacote fiscal no Congresso.

Ontem (4), a Câmara dos Deputados aprovou regime de urgência para proposta que trata da autorização ao governo para limitar a utilização de créditos tributários em caso de déficit nas contas públicas e para a medida que busca ajustar as despesas ligadas ao salário mínimo aos limites do arcabouço fiscal.

O regime de urgência elimina a exigência de determinados prazos e acelera a tramitação das propostas, retirando a necessidade dos textos serem analisados nas comissões da Casa. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse esperar que os projetos sejam discutidos pelo plenário na próxima semana.

Na visão da Ágora Investimentos, a aprovação da urgência para as duas propostas ameniza os receios sobre obstáculos ao pacote fiscal que ajudaram a pressionar as taxas de juros nas últimas sessões – com contrapartida inversa aos demais ativos de risco.

Entre os dados macroeconômicos, o Brasil registrou superávit comercial de R$ 7,030 bilhões em novembro, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado e foi 20% inferior ao computado em novembro do ano passado. Os economistas consultados pela Reuters esperavam um saldo positivo de R$ 7,800 bilhões para o período.

Nos Estados Unidos, o mercado acompanhou novos dados do mercado de trabalho.

O governo norte-americano informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 9 mil, para 224 mil em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 30 de novembro, de 215.000 pedidos na semana anterior e acima da projeção em pesquisa da Reuters com economistas de 215 mil.

O resultado veio em linha com números da véspera que também afastaram a percepção de robustez da maior economia do mundo, com destaque para uma menor criação de vagas no setor privado do que o esperado por analistas, levantando novamente a perspectiva de cortes contínuos na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed).

Os investidores agora esperam a divulgação do relatório oficial de empregos, o payroll, de novembro amanhã (6). A expectativa é de abertura de 214 postos de trabalho no mês.

*Com informações de Reuters 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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