Dólar

Dólar cai pela primeira vez desde o anúncio do pacote fiscal e fecha a R$ 6,05

03 dez 2024, 17:06 - atualizado em 03 dez 2024, 17:10
dolar - real
O dólar à vista perdeu força com PIB do 3T24 acima do esperado e dados de emprego nos Estados Unidos (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

Nesta terça-feira (3), o dólar à vista (USDBRL) perdeu força e interrompeu a escalada de ganhos por cinco sessões consecutivas.

Na comparação com o real, a divisa norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,0584 (-0,16%). 



O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, caiu 0,08%, aos 106,362 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

Depois de cinco sessões de forte alta e renovação de recordes intradiário e de fechamento, o dólar perdeu força ante o real em meio a dados econômicos no Brasil e nos Estados Unidos. 

Por aqui, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024 frente ao período de abril a junho. O PIB em valores correntes totalizou R$ 3 trilhões.

Na comparação anual, o crescimento da economia foi de 4%.

O resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em linha com a expectativa do mercado. Era esperada uma alta trimestral de 0,8% e anual de 4%.

O governo central registrou superávit primário de R$ 40,8 bilhões em outubro, o segundo melhor da série histórica para o período, ante um saldo positivo de R$ 18,1 bilhões de reais no mesmo mês do ano passado, segundo dados do Tesouro Nacional.

O resultado, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, foi decorrente de um aumento real de 10,9% na receita líquida — que exclui transferências para governos regionais — e uma queda real de 0,7% das despesas totais em comparação com outubro de 2023.

No acumulado do ano até outubro, o governo central registrou um déficit primário de R$ 64,4 bilhões. No mesmo período em 2023, foi registrado um déficit de R$ 76,2 bilhões.

Durante a coletiva de imprensa sobre os resultados, o subsecretário da Dívida Pública do Tesouro, Otavio Ladeira, afirmou que a instituição não deve intervir no mercado com a recompra de títulos públicos, apesar da disparada das taxas futuras de juros de longo prazo nos últimos dias,

“Não vimos e não estamos vendo nenhum momento em que faz sentido haver recompra de títulos públicos”, disse Ladeira. “BC e Tesouro atuam em momentos de disfuncionalidade, o que não parece ser o caso”, acrescentou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

Já no exterior, o relatório Jolts mostrou que as vagas de emprego em aberto nos Estados Unidos aumentaram para 7,744 milhões em outubro. Os economistas consultados pela Reuters estimavam alta de 7,475 milhões no mês.

Após o dado, os agentes financeiros subiram as apostas de corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed). Os traders agora veem 73,8% de chance de o Banco Central norte-americano reduzir os juros em 25 pontos-base, para a faixa de 4,50% a 4,75% ao ano, na próxima reunião — que acontece entre os dias 17 e 18 de dezembro. Ontem (2), a probabilidade era de 61,6%.

O mercado espera a divulgação do relatório oficial de empregos, o payroll, de novembro na próxima sexta-feira (6).

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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