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Dólar tem leve alta a R$ 5,80 após surpresa negativa com IPCA-15 e pacote fiscal no radar

26 nov 2024, 17:08 - atualizado em 26 nov 2024, 17:21
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O dólar à vista retomou força com prévia de inflação acima do esperado e expectativa pelo pacote fiscal; cessar-fogo no Oriente Médio segue no radar (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) manteve o nível de R$ 5,80 e terminou o dia em leve alta, à espera do pacote de medidas fiscais e em reação à ata da mais recente reunião do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed).

Na comparação com o real, a divisa norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,8081 (+0,04%).



O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou com alta de 0,18%, aos 107.003 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, o mercado continua à espera do anúncio de medidas de contenção de gastos pelo governo.

Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a área econômica fechou as últimas pendências em torno do pacote de contenção de gastos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, o governo estará pronto para divulgar as medidas nesta semana.

Enquanto o pacote não é divulgado, os investidores reagiram a novos dados econômicos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,62% em novembro, segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (26). O número indica uma aceleração em relação à alta de 0,54% apurada em outubro.

A prévia da inflação acumula alta de 4,35% até o décimo primeiro mês do ano e de 4,77% em 12 meses. No mês passado, esses números eram de 3,71% e 4,47%, respectivamente.

No exterior, o mercado repercutiu a divulgação da ata da mais recente reunião do Federal Reserve, na reta final do pregão.

No documento, as autoridades do Fed pareceram divididas sobre quanto ainda precisariam reduzir a taxa básica de juros.

O colegiado, porém, concordou que esse é o momento de evitar dar orientações muito concretas sobre como a política monetária dos Estados Unidos provavelmente evoluirá nas próximas semanas.

No início do mês, o BC norte-americano reduziu sua taxa básica em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 4,50% a 4,75%, na reunião de três semanas atrás que ocorreu após a vitória do candidato republicano Donald Trump na eleição presidencial em 5 de novembro.

Após a ata, os traders passaram a ver 59,6% de chance de o Fed cortar novamente os juros em 25 pontos-base, para a faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, na reunião de dezembro, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group. Instantes antes da divulhação do documento, a probabilidade era de 59,9%.

Em segundo plano, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que estava pronto para implementar um acordo de cessar-fogo com o Líbano e que “responderia com força a qualquer violação” por parte do Hezbollah.

Em um discurso na televisão, Netanyahu disse que apresentaria o acordo de cessar-fogo ao seu gabinete completo no final da tarde. A TV israelense informou que o gabinete de segurança, mais restrito, havia aprovado o acordo mais cedo.

*Com informações de Reuters 

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