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Dólar tem leve alta e fecha a R$ 5,77 com ata do Copom e exterior

12 nov 2024, 17:05 - atualizado em 12 nov 2024, 17:08
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O dólar à vista fechou próximo da estabilidade em reação à ata do Copom e o fortalecimento da moeda ante divisas globais (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

Nesta terça-feira (12), o dólar à vista (USDBRL) terminou a sessão com leve alta com apoio do exterior e com o cenário fiscal doméstico no radar.

Na comparação com o real, a divisa norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,7714 (+0,03%).



O desempenho acompanhou da tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, superou os 106 mil pontos pela primeira vez desde julho. O índice terminou a sessão com alta de 0,48%, aos 106.027 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, o mercado segue na expectativa pelo anúncio de corte nos gastos públicos, na tentativa do governo em garantir o cumprimento do arcabouço fiscal.

Os investidores também repercutiram a ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na semana passada, o colegiado elevou a taxa básica de juros em 50 pontos-base, a Selic, a 11,25% ao ano. 

Segundo o documento, a decisão reflete o compromisso de convergência da inflação à meta, “essencial para a construção contínua de credibilidade”.

“O Comitê avaliou que o cenário, marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, demanda uma política monetária mais contracionista”, diz a ata.

Para o Itaú, a sinalização de ritmo de altas de 50 pontos-base “é apropriada”, considerando as condições econômicas atuais e as incertezas prospectivas. “Portanto, o comitê parece inclinado a manter o ritmo atual de aperto, por enquanto”, dizem o economista-chefe Mario Mesquita e equipe.

No entanto, o Itaú também não descarta as chances de que as condições econômicas e expectativas de inflação exijam uma aceleração do ritmo em breve, a depender do rumo do fiscal.

No exterior, a moeda norte-americana mantém a força contra a maioria de pares fortes e emergentes, à medida que os mercados continuam assumindo posições compradas na divisa após a vitória de Donald Trump na disputa pela Casa Branca na semana passada.

Analistas têm avaliado que as medidas prometidas por Trump para a economia, incluindo tarifas e cortes de impostos, têm caráter inflacionário, o que manteria os juros elevados nos EUA. A perspectiva de uma política monetária mais apertada tem aumentado os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, os Treasuries — o que favorece o dólar.

Pesando sobre os mercados emergentes, investidores continuam demonstrando mal-estar com as perspectivas para a economia da China, maior importador de matérias-primas do planeta, uma vez que os mercados têm se decepcionado com os anúncios de medidas de estímulo por Pequim.

A promessa de Trump sobre tarifas, em particular uma taxa de 60% sobre as importações de produtos chineses, é outro fator de pessimismo para a segunda maior economia do mundo.

*Com informações de Reuters