Mercados

Dólar (USDBLR) segue ganhando força com China e aperto monetário no radar

09 maio 2022, 9:12 - atualizado em 09 maio 2022, 9:15
Dólar
No front interno, segue o debate em relação aos efeitos dos choques externos para a inflação. (Imagem: Pixabay/PublicDomainPictures)

O dólar (USDBLR) abriu esta segunda-feira (9) em alta de 1,15%, a R$ 5,1312, com a desaceleração da economia da China e o aperto monetário nos Estados Unidos no radar dos investidores.

A divisa já subiu 1,13% na sexta, a R$ 5,0733, maior valor para um fechamento desde 16 de março (R$ 5,0917). No acumulado da semana passada, o dólar aumentou 2,63%.

A perspectiva de uma política monetária mais restritiva nos EUA e uma série de más notícias da China –principal parceiro comercial do Brasil derrubam o real em cerca de 9% desde 20 de abril, quando a taxa de câmbio esteve pela última vez em torno de R$ 4,60, piso recente.

No China, os dados da balança comercial (abril) mostraram que as exportações desaceleraram de 14,7% em março para 3,9%, em linha com o esperado, mas no nível mais baixo em quase dois anos. Já as importações ficaram estáveis (0,0%), indicando resultado melhor que o esperado (-3,0%).

A cidade de Xangai anunciou que está reforçando o já rigoroso lockdown contra a covid-19, com intuito de eliminar infecções da doença até o final deste mês.

Para o BB Investimentos, os dados das exportações chinesas em patamares baixos reforçam as preocupações sobre o crescimento econômico do país, incrementando os temores para a economia global e afetando o mercado de commodities.

O minério de ferro chegou a cair mais de 6% nesta noite em Cingapura.

As notícias sobre o endurecimento das sanções das principais economias ao petróleo russo também contribuem para adicionar mais aversão sobre os mercados, destacou o BB Investimentos.

Líderes do G7 se comprometeram a eliminar ou proibir a importação de petróleo russo, em reunião com o presidente da Ucrânia.

No front interno, segue o debate em relação aos efeitos dos choques externos para a inflação e a condução de política monetária, após o Banco Central ter sinalizado a continuidade do ciclo de aperto monetário.

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