Dólar já é cotado acima de R$ 5,00; DXY e futuros em NY também avançam
O dólar ultrapassa a barreira dos R$ 5,00 no início do pregão desta quarta-feira (27), após fechar o dia anterior a R$ 4,9899. Por volta das 9h10, a moeda americana avançava 0,36%, a R$ 5,0164.
A divisa avançava também contra uma cesta de moedas fortes: o DXY subia 0,46% no mesmo horário, enquanto os futuros do S&P avançavam 0,47%. Na Europa, o Stoxx 600 tinha ganhos de 0,67%.
Investidores agora aguardam novos resultados do Meta (Facebook), Qualcomm, Paypal, Spotify e Ford a serem divulgados nesta quarta.
Na Europa, as tensões entre Rússia e Ucrânia permanecem no radar após Sergey Lavrov enfatizar que o risco de uma guerra nuclear é significativo.
A Rússia cortou o fornecimento de gás natural para a Polônia e Bulgária ao passo que os países se recusaram a pagar pela commodity em rublos.
O movimento catalisou preocupações com a possibilidade de novos países da região também sofrerem com cortes de abastecimento, o que poderia aumentar ainda mais a inflação e desacelerar a economia local.
Na China, o CSI 300 encerra em alta após dados oficiais apontarem um aumento de 8,5% ano contra ano nos lucros industriais durante o período de janeiro a março.
Em contrapartida, o avanço dos casos na cidade de Pequim continua causando preocupações com novos lockdowns.
Volatilidade do dólar dispara
Na terça, a percepção de incerteza sobre a taxa de câmbio disparou. Uma medida de volatilidade implícita para um mês saltou a 20,64%, maior valor desde março de 2021.
O exterior tem ditado a escalada das cotações o dólar saltou mais uma vez nesta sessão e renovou picos em dois anos contra uma cesta de moedas, mas operadores citam ainda percepção de parada de fluxo ao Brasil, com exportadores e empresas de forma geral preferindo deixar recursos lá fora de olho no aumento dos juros nos EUA e na perspectiva forte para o dólar em termos globais.
A aproximação do fim do mês, com suas típicas rolagens de derivativos que adicionam volatilidade aos negócios, e remessas de grandes volumes (citados como atípicos) por empresas também são fatores comentados nas mesas de operação.
Selic
O Copom se reúne na próxima semana para deliberar sobre a Selic. No mesmo dia do anúncio da decisão, quarta-feira, o BC dos EUA também informará um provável novo aumento nas taxas norte-americanas e em ritmo possivelmente mais forte que o de costume.
“Vemos o real revertendo parte dos ganhos nos próximos meses”, disse em nota Bertrand Delgado, estrategista do Société Générale.
“Condições financeiras e de liquidez mais apertadas juntamente com riscos geopolíticos em curso e o risco crescente de crescimento global mais brando provavelmente prejudicarão o real”, completou.
O Société estima dólar de R$ 5,15 ao fim do segundo trimestre e de R$ 5,45 no término do ano –altas de 3,2% e 9,2%, respectivamente, em relação ao fechamento desta terça.
*Com informações da Reuters
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