Dólar fica mais distante dos R$ 4,75 e atinge marca não vista desde fevereiro de 2022; veja cotação
O dólar à vista fechou em alta nesta sexta-feira (23) pelo segundo dia seguido e voltou a ficar mais perto dos R$ 4,80.
Com isso, a moeda norte-americana subiu 0,2% frente ao real, a R$ 4,77 para venda. Lá fora, o Dollar Index subiu 0,5%, aos 102,8 pontos. O dia foi marcado pela aversão a ativos de risco após a divulgação de dados econômicos fracos na Europa e nos Estados Unidos.
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Na zona do euro, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) caiu para a mínima de cinco meses de 50,3 em junho, ante 52,8 em maio. Enquanto nos Estados Unidos, o PMI preliminar da indústria ficou em 46,3 em junho, ante 48,4 em maio. Já o PMI de serviços atingiu 54,1 em junho, ante 54,9 no mês passado.
Para o gerente de mesa da Commcor Corretora, Cleber Alessie, a persistência da tendência de baixa para o dólar vem de diversos fatores, como o andamento da votação do novo arcabouço fiscal no Congresso.
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Contudo, Alessie lembrou que, ao mesmo tempo, a sinalização dada na última quarta-feira (21) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), de que a taxa básica de juros (Selic) pode seguir em alta por mais tempo que o originalmente previsto pelo mercado, manteve o diferencial de juros favorável a investimentos no Brasil.
“Ontem, tivemos uma surpreendente tendência de alta para o dólar, em meio a preocupações lá fora. Isso fez com que o mercado de câmbio não reagisse tanto ao Copom”, disse o profissional da Commcor.
Apesar dos dois dias de valorização, a moeda americana fechou a semana em queda de 0,7%, engatando a quinta de queda. Desde fevereiro de 2022, o dólar não acumulava tantas semanas de queda. Sendo assim, no mês, o dólar recua mais de 5% até esta sexta.
*Com Reuters