Dólar

Dólar cai a R$ 5,43 com taxa de desemprego no Brasil e inflação nos EUA; moeda norte-americana recua 1,5% na semana

27 set 2024, 17:06 - atualizado em 27 set 2024, 17:19
dolar - real
O dólar acompanhou o desempenho do exterior e perdeu força também ante o real com inflação nos Estados Unidos e taxa de desemprego no Brasil (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) estendeu as perdas da véspera e encerrou em território negativo pela segunda vez consecutiva. A moeda norte-americana repercutiu dados de inflação nos Estados Unidos e de emprego no Brasil.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,4361 (-0,16%). Na semana, o dólar caiu 1,54% ante o real. 



O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou em leve queda de 0,31%.

O que mexeu com o dólar hoje?

O dólar perdeu força em um dia movimentado por dados locais e no exterior.

No cenário doméstico, o mercado repercutiu uma bateria de dados econômicos.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), considerado a “inflação do aluguel”, acelerou mais do que o esperado por analistas em setembro, em alta de 0,62%, depois de ter avançado 0,29% no mês anterior.

Já a taxa de desemprego ficou em 6,6% nos três meses até agosto, um pouco abaixo do consenso do mercado.

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego é a menor para trimestres até agosto em toda a série histórica.  Além disso, a taxa é a menor desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.

Também em agosto, o país criou 232.513 vagas de emprego, levemente inferior ao esperado.

Já no exterior, novas medidas de estímulo à economia da China reduziu a força do dólar.

Em mais uma rodada de estímulos, o Banco Central da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou um corte na taxa de compulsório — a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas. Essa foi a segunda redução deste ano com o objetivo de apoiar o crescimento econômico.

Além disso, a promessa da China de implantar “gastos fiscais necessários” para atingir a meta de crescimento econômico de 2024, de aproximadamente 5%, melhorou as expectativas do mercado em relação a novos estímulos fiscais.

Países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil, foram impactados positivamente através do aumento dos preços das commodities, como o minério de ferro — que avançou mais de 4% hoje.

Além disso, os investidores reagiram a novos dados econômicos nos Estados Unidos.

O Índice de Preços (PCE) subiu 0,1% no mês de agosto. No ano, a inflação acumula alta de 2,2% — próximo da meta de 2% do Federal Reserve. Os dados vieram levemente abaixo do esperado.

Após o dado, as apostas de corte de 50 pontos-base nos juros pelo Federal Reserve em novembro aumentaram.

Os traders agora veem 56,7% de chance de o banco central norte-americano reduzir os juros para a faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group. Ontem (26), essa probabilidade era de 49,3%.

Em consequência, as apostas pelo corte de 25 pontos-base, que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 4,50% a 4,75% ao ano, recuaram de 50,7% (ontem) para 43,3% hoje.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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