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Dólar perde força e fecha a R$ 5,44 com promessa de novos estímulos na China e dados nos EUA

26 set 2024, 17:02 - atualizado em 26 set 2024, 17:02
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O dólar acompanhou o desempenho do exterior e perdeu força também ante o real com PIB dos EUA em linha com o esperado (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

Em um dia de agenda cheia no Brasil e no exterior, o dólar à vista (USDBRL) perdeu força e seguiu abaixo do nível de R$ 5,50. A promessa de novos estímulos na China, a melhora de projeções para o PIB brasileiro e dados econômicos nos Estados Unidos pressionaram a divisa nesta quinta-feira (26).

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,4447 (-0,57%)



O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou em queda de 0,37%.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O dólar perdeu força em um dia movimentado por dados locais e no exterior.

No cenário doméstico, o mercado repercutiu o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

O Banco Central melhorou a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) para 3,2% neste ano, mas estima desaceleração da economia no ano que vem.

No documento, o BC também afirmou que as projeções de inflação subiram em todo o horizonte apresentado na comparação com a análise feita em junho, aumentando assim o distanciamento em relação à meta.

Na avaliação do Itaú, o RTI reforçou a leitura de que o recém-iniciado movimento de alta de juros deve se estender ao longo dos próximos meses, em direção à projeção do banco de Selic a 12% ao ano no fim do ciclo de aperto monetário.

Já no exterior, novas medidas de estímulo à economia da China reduziu a força do dólar. O governo anunciou  que fará uma nova rodada de anúncios para impulsionar a atividade do gigante asiático.

Líderes chineses prometeram implementar “gastos fiscais necessários” para atingir a meta de crescimento econômico deste ano de aproximadamente 5%, uma vez que o país enfrenta uma forte queda no mercado imobiliário e à fragilidade da demanda interna.

O Banco Central da China (PBoC, na sigla em inglês) já havia divulgado na terça-feira (24) seu mais agressivo afrouxamento monetário desde a pandemia, sinalizando cortes em uma ampla gama de taxas de juros e uma injeção de liquidez de 1 trilhão de yuans (US$ 140 bilhões) no sistema financeiro, entre outras medidas.

O anúncio provocou uma melhora na percepção global sobre o consumo na China, maior importador de matérias-primas do planeta, impulsionando ativos em diversos mercados, incluindo ações e moedas de países com relações comerciais profundas com o gigante asiático.

Países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil, foram impactados positivamente através do aumento dos preços das commodities, como o minério de ferro — que avançou mais de 4% hoje.

Além disso, os investidores reagiram a novos dados econômicos nos Estados Unidos.

O PIB da maior economia do mundo expandiu a uma taxa anualizada de 3,0% no segundo trimestre, em linha com as expectativas do mercado.

O crescimento no primeiro trimestre foi revisado para cima, para uma taxa de 1,6%, em relação ao ritmo de 1,4% informado anteriormente.

O Departamento do Trabalho do país também informou que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuou para 218.000 na semana encerrada em 21 de setembro, abaixo da expectativa de economistas consultados pela Reuters, que esperavam um aumento para 225.000, ante 219.000 pedidos revisados para baixo na semana anterior.

Os dados moveram as apostas de um corte de 50 pontos-base pelo Federal Reserve em novembro um pouco para baixo, de 57,4% (ontem) para 52,8% hoje, à medida que não mostraram um enfraquecimento adicional do mercado de trabalho, o que o BC dos EUA procura evitar com o ciclo de afrouxamento monetário.

Ainda na agenda internacional, os investidores esperam o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) — referência de inflação para o Fed —, que será divulgado amanhã (27).

*Com informações de Reuters