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Dólar à vista volta a perder força ante o real e fecha a R$ 5,48 com expectativa de corte nos juros nos Estados Unidos

21 ago 2024, 17:02 - atualizado em 21 ago 2024, 17:02
dolar - real
O dólar recuou ante o real e divisas globais de olho no afrouxamento monetário nos Estados Unidos

O dólar à vista (USDBRL) voltou a perder fôlego ante o real com a expectativa de corte nos juros nos Estados Unidos a partir de setembro, reforçada pela ata da última reunião do Federal Reserve.

A moeda norte-americana encerrou o dia próximo da estabilidade a R$ 5,4821 (0,02%).



No exterior, o dólar também perdeu força. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou com queda de 0,30%. Após a ata do Fed, o indicador atingiu o menor nível desde dezembro de 2023.

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O que mexeu com o dólar hoje?

A moeda norte-americana perdeu força no Brasil e no exterior com a ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed). No final de julho, o BC norte-americano manteve os juros inalterados na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano pela oitava vez consecutiva— patamar mais elevado em mais de duas décadas.

No ata divulgada hoje, a maioria dos dirigentes afirmou que “se os dados continuassem a vir de acordo com o esperado, provavelmente seria apropriado flexibilizar a política monetária na próxima reunião”.

Eles também ressaltaram que “muitas” autoridades do Fed consideram a postura dos juros restritiva e “alguns participantes” argumentaram que, em meio a um arrefecimento contínuo das pressões inflacionárias, nenhuma mudança na taxa básica significaria que a política monetária aumentará o peso sobre a atividade econômica.

Após a divulgação do documento, as apostas de corte de 50 pontos-base, o que levaria os juros a faixa de 4,75% a 5,00% ao ano, aumentaram. Mas a probabilidade de corte menor, de 25 pontos-base, ainda é a majoritária.

Os traders estão precificando uma chance de 63,5% de o BC norte-americano cortar as taxas de juros em 25 pontos-base em setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. Ontem (20), as apostas eram de 71%.

Agora, há também a expectativa para o Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole — um encontro anual de autoridades de bancos centrais, para obter mais sinais sobre a trajetória.

No cenário doméstico, os investidores seguem precificando uma alta de, pelo menos, 25 pontos-base na taxa básica de juros, a Selic, em setembro.

Um cenário de juros mais elevados no Brasil e menores nos Estados Unidos pode ser positivo o mercado brasileiro, atraindo mais investidores estrangeiros dado o diferencial dos juros.

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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