Dólar

Dólar estende queda pela 5ª vez consecutiva e fecha a R$ 5,48 com expectativa sobre juros no Brasil e nos EUA

17 set 2024, 17:02 - atualizado em 17 set 2024, 17:08
dolar - real
O dólar perdeu força após dados dos Estados Unidos reforçarem apostas de corte de maior magnitude nos juros pelo Fed (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

Na véspera da ‘Super Quarta’, o dólar à vista (USDBRL) completou a sequência de cinco quedas consecutivas na expectativa pelas decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,4882 (-0,41%) nesta terça-feira (17).



O desempenho destoou da tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou em alta de 0,22%.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, os investidores aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). O mercado espera uma alta na taxa Selic amanhã (18). Até agora, o consenso é de aumento de 25 pontos-base, a 10,75% ao ano, mas as apostas de alta de 50 pontos-base não estão descartadas.

No exterior, as expectativas política monetária também movimentou o pregão. Nos Estados Unidos, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve também decide sobre os juros nesta quarta-feira (18).

Por lá, a aposta majoritária é de corte de 50 pontos-base nos juros. A perspectiva foi reforçada após novos dados econômicos mais fortes que o esperado.

As vendas no varejo no país norte-americano cresceram 0,1% em agosto na base mensal, acima da expectativa de analistas consultados pela Reuters de queda de 0,2%.

Agora, os traders veem 65% de chance de o banco central colocar os juros na faixa de 4,75% a 500% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Ontem (16), a probabilidade era de 62%.

Já a probabilidade de o Fed cortar 25 pontos-base, que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 5,00% a 5,25% ao ano, caiu de 38% (ontem) para 35% hoje.

Vale lembrar que quanto mais o Fed reduzir os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atrativo à medida que os rendimentos dos Treasuries caem, gerando apetite por risco em outros mercados com juros mais altos, como o Brasil.

*Com informações de Reuters 

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