Dólar

Dólar cai a R$ 5,51 com política monetária dos Estados Unidos e do Brasil no radar

16 set 2024, 17:02 - atualizado em 16 set 2024, 17:02
dolar - real
O dólar perdeu força após dados dos Estados Unidos reforçarem apostas de corte de maior magnitude nos juros pelo Fed (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

Na expectativa pela ‘Super Quarta’, o dólar à vista (USDBRL) iniciou a semana em queda.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,5106 (-1,02%) nesta segunda-feira (16).



O desempenho acompanhou tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou em baixa, de 0,41%.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, os investidores aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). O mercado espera uma alta na taxa Selic na próxima quarta-feira (18). Até agora, o consenso é de aumento de 25 pontos-base, a 10,75% ao ano, mas as apostas de alta de 50 pontos-base não estão descartadas.

No exterior, as expectativas política monetária também movimentou o pregão. Nos Estados Unidos, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve  também se reúne nos dias 17 e 18 de setembro.

Em compasso de espera, o mercado reagiu a novos dados econômicos.

Nesta segunda-feira (16), a unidade do Fed de Nova York divulgou o Índice de Atividade Industrial Empire State, que avançou de -4,7 em agosto para 11,5 em setembro. A expectativa do mercado era de queda do índice para -5 neste mês.

Após o dado, as apostas de corte de 50 pontos-base nos juros se tornaram majoritárias.

Agora, os traders veem 61% de chance de o banco central colocar os juros na faixa de 4,75% a 500% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Na sexta-feira (13), a probabilidade era de 50%.

Já a probabilidade de o Fed cortar 25 pontos-base, que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 5,00% a 5,25% ao ano, é de 39%, ante 50% do dia útil anterior.

Vale lembrar que quanto mais o Fed reduzir os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atrativo à medida que os rendimentos dos Treasuries caem, gerando apetite por risco em outros mercados com juros mais altos, como o Brasil.

*Com informações de Reuters 

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