Dólar

Dólar cai com política monetária dos Estados Unidos e da Europa no radar; moeda norte-americana fecha a R$ 5,61

12 set 2024, 17:01 - atualizado em 12 set 2024, 17:18
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O dólar operou volátil durante todo o pregão em meio a recuperação das commodities e novos dados nos Estados Unidos (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) operou instável nesta quinta-feira (12) em meio à divulgação de novos dados econômicos no Brasil e nos Estados Unidos. Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) retomou o ciclo de afrouxamento monetário, o que trouxe reflexos para o desempenho da moeda norte-americana.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,6182 (-0,56%).



O desempenho acompanhou tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou em baixa, de 0,41%.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, as vendas do varejo no Brasil voltaram a crescer em julho com um desempenho um pouco acima do esperado, com destaque para o setor de supermercados e bebidas.

Os dados de julho mostram que o varejo registrou avanço de 0,6% das vendas em relação ao mês anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), depois de retração de 0,9% em junho — único dado no vermelho no ano.

No cenário externo, países emergentes, como o Brasil, também ganharam apoio da recuperação dos preços de commodities importantes, como o minério de ferro e o petróleo.

Além disso, o dólar perdeu força após a decisão de política monetária do Banco Central Europeu de cortar os juros para 3,5% ao ano.

Nos Estados Unidos, os dados de inflação roubaram a cena mais uma vez.

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) avançou 0,2% em agosto ante julho, como o esperado. Na base anual, a inflação ao produtor subiu 2,4%, em linha com as expectativas e no nível mais baixo desde fevereiro de 2021

Já o núcleo do PPI, que exclui itens mais voláteis como alimentos e combustíveis, subiu 0,3% em agosto ante julho e 2,4% na comparação anual.

Na véspera, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país avançou 0,2% em agosto, em linha com o esperado. Na base anual, a inflação acumula alta de 2,5%, levemente abaixo das projeções do mercado.

Agora, os traders veem 73% de chance de o banco central colocar os juros na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Ontem (11), a probabilidade era de 86%.

Já a probabilidade de o Fed cortar 50 pontos-base, que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 4,75% a 5,00% ao ano, é de 27%, ante 14% do dia anterior.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve se reúne na próxima semana, entre os dias 17 e 19 de setembro.

Vale lembrar que quanto mais o Fed reduzir os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atrativo à medida que os rendimentos dos Treasuries caem, gerando apetite por risco em outros mercados com juros mais altos, como o Brasil.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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