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Dólar perde força ante o real com commodities e inflação nos EUA; moeda norte-americana fecha a R$ 5,64

11 set 2024, 17:03 - atualizado em 11 set 2024, 17:11
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O dólar operou volátil durante todo o pregão em meio a recuperação das commodities e inflação nos Estados Unidos (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) operou volátil ao longo de todo o pregão desta quarta-feira (11), em meio à recuperação das commodities e à inflação dos Estados Unidos em agosto — que reforçaram as apostas de corte nos juros norte-americanos pelo Federal Reserve na próxima semana.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,6498 (-0,10%).



O desempenho destoou da tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou em leve alta, de 0,09%.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, novos dados do setor de serviços do Brasil aumentaram as perspectivas de uma alta na Selic, atualmente em 10,50% ao ano, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), entre os dias 17 e 18 de setembro.

Segundo o IBGE, o volume de serviços teve em julho avanço de 1,2% em relação a junho. O resultado veio acima da expectativa do mercado, segundo pesquisa da Reuters, de um recuo de 0,1%.

Os dados serão avaliados pelo BC na próxima semana, já que reforçam o cenário de desempenho econômico forte. Os operadores do mercado apostam, majoritariamente, em uma alta de 25 pontos-base na Selic, o que levaria a taxa básica de juros a 10,75% ao ano.

No cenário externo, países emergentes, como o Brasil, também ganharam apoio da recuperação dos preços de commodities importantes, como o minério de ferro e o petróleo, que subiram mais de 1% nesta quarta-feira (11) em movimento de recuperação.

As commodities vinham sofrendo com a piora nas perspectivas econômicas da China, maior importador de matérias-primas do mundo.

Novos dados econômicos dos Estados Unidos disputaram as atenções dos investidores.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país avançou 0,2% em agosto, em linha com o esperado. Na base anual, a inflação acumula alta de 2,5%, levemente abaixo das projeções do mercado.

Contudo, o núcleo do CPI, que exclui os itens mais voláteis como alimentos e combustíveis, avançou 0,3% no mês, acima do previsto e alta de 3,2% na comparação anual.

Após o CPI vir em linha com esperado e leve aceleração no núcleo do índice em agosto, o mercado elevou as apostas de corte de 25 pontos-base nos juros dos Estados Unidos na próxima semana.

Agora, os traders veem 85% de chance de o banco central colocar os juros na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Ontem (10), a probabilidade era de 66%.

Já a probabilidade de o Fed cortar 50 pontos-base, que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 4,75% a 5,00% ao ano, é de 15%, ante 34% do dia anterior.

Vale lembrar que quanto mais o Fed reduzir os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atrativo à medida que os rendimentos dos Treasuries caem, gerando apetite por risco em outros mercados com juros mais altos, como o Brasil.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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