Dólar

De volta ao ‘normal’: Dólar à vista estende perdas da véspera e fecha a R$ 5,62, após sinalização do Banco do Japão

07 ago 2024, 17:03 - atualizado em 07 ago 2024, 17:09
Dólar, Mercados, Economia, Federal Reserve, CPI, EUA
No exterior, o dólar perdeu força após a inflação dos Estados Unidos e registrou mínima a R$ 5,6170. (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

Nesta quarta-feira (7), o dólar à vista (USDBRL) fechou a R$ 5,6250, com queda de 0,57%.



Durante a sessão, a divisa norte-americana renovou a mínima intradia a R$ 5,5976 (-1,06%).

Na comparação com o real, o dólar ampliou as perdas da véspera, à medida que os investidores globais deixavam de lado os temores com uma recessão nos Estados Unidos e voltavam a buscar ativos de maior risco.

Por isso, o desempenho da moeda norte-americana destoou do movimento no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, avançou 0,21% com a desvalorização do iene.

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O que mexeu com o dólar hoje?

Hoje os mercados globais continuaram a retomar a normalidade após amplas quedas de índices acionários e moedas de mercados emergentes na última segunda-feira (5), fomentadas pelas preocupações de agentes financeiros por uma recessão nos EUA, o que levou a uma grande aversão ao risco.

Outro fator para as perdas em mercados emergentes, o iene vinha experimentando grandes ganhos sobre o dólar na última semana, após o Banco do Japão elevar sua taxa de juros na semana passada, com operadores apostando em ainda mais elevações dos custos de empréstimo, o que gerou a reversão de operações de “carry trade” com a moeda japonesa.

Esses dois elementos de alta para o dólar no Brasil perderam força hoje.

No caso dos temores com a economia dos EUA, investidores passaram a observar dados mais otimistas do país, como a expansão do setor de serviços, assim como falas apaziguadoras de uma autoridade do Federal Reserve.

A moeda japonesa, por sua vez, passou a recuar acentuadamente ante o dólar, após declarações de autoridade do Banco do Japão que minimizou as perspectivas de mais aumentos de juros no país no curto prazo.

O vice-presidente do Banco Central, Shinichi Uchida, disse que a autoridade monetária não elevará os juros quando os mercados estiverem instáveis, acrescentando que a intensa volatilidade do mercado na última semana poderia “obviamente” mudar a trajetória dos juros.

No cenário nacional, o mercado ainda repercutia a ata da última reunião de política monetária do Banco Central, em que as autoridades sinalizaram que não hesitarão em elevar a taxa de juros em prol da convergência da inflação se julgarem apropriado.

Para ampliar as preocupações com o nível da alta dos preços, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou mais cedo que o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou sua alta mais do que o esperado em julho. O avanço foi puxado pelos preços de commodities agrícolas e minerais para os produtores.

O IGP-DI subiu 0,83% em julho, depois de avanço de 0,50% no mês anterior, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,69%. O resultado levou o índice a subir 4,16% em 12 meses.

Os investidores aguardam novos dados de inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho deve ser divulgado na próxima sexta-feira (9), com expectativa de analistas de um avanço de 0,35%, ante alta de 0,21% no mês anterior.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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