Dólar avança com payroll mais fraco que o esperado e fecha a R$ 5,59; moeda norte-americana cai quase 1% na semana
O dólar à vista (USDBRL) ganhou força ante moedas emergentes nesta sexta-feira (6), ao enfraquecimento das commodities e dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos.
Na comparação com o real, moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,5901 (+0,34%). Na semana, a divisa caiu 0,80%.
O desempenho seguiu a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou em leve alta de 0,07%.
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? O Money Times entrevistou analista que está liberando uma carteira gratuita com 10 ações americanas pra comprar agora. Clique aqui e acesse.
O que mexeu com o dólar hoje?
Sem destaques no cenário doméstico, o relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, de agosto concentrou as atenções do mercado nesta sexta-feira (6).
Os Estados Unidos criaram 142 mil vagas em agosto, de acordo com o relatório de emprego, o payroll, divulgado pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou abaixo das expectativas.
Mas payroll de agosto mostrou que o mercado de trabalho acelerou em relação a julho, quando a economia norte-americana abriu 89 mil vagas de emprego (dado revisado) — e gerou forte apreensão de que os Estados Unidos estariam em um recessão.
A taxa de desemprego ficou em linha com as expectativas, de 4,2%. em agosto Os dados de ganho médio por hora trabalhada avançaram acima do esperado na comparação mensal e anual.
Com os dados mistos, o mercado segue apostando majoritariamente em um corte de 25 pontos-base nos juros norte-americanos pelo Federal Reserve na reunião de setembro.
Os traders agora veem 73% de chance de o banco central colocar os juros na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Ontem (5), a probabilidade era de 60%.
Já a probabilidade de o Fed cortar 50 pontos-base, que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 4,75% a 5,00% ao ano, caiu de 40% (ontem) para 27%.
Vale lembrar que quanto mais o Fed reduzir os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atrativo à medida que os rendimentos dos Treasuries caem, gerando apetite por risco em outros mercados com juros mais altos, como o Brasil.
Por aqui, a forte queda nos preços de commodities também influenciou na falta da atratividade das moedas emergentes, como o real, frente ao dólar.
*Com informações de Reuters