Dólar

Na ‘ressaca’ do pânico dos mercados, dólar à vista cai mais de 1% e fecha a R$ 5,65

06 ago 2024, 17:03 - atualizado em 06 ago 2024, 17:06
Dólar, Mercados, Economia, Federal Reserve, CPI, EUA
No exterior, o dólar perdeu força após a inflação dos Estados Unidos e registrou mínima a R$ 5,6170.  (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

Nesta sexta-feira (2), o dólar à vista (USDBRL) fechou a R$ 5,6574, com queda de 1,46%.



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Durante a sessão, a divisa norte-americana renovou a mínima intradia a R$ 5,6313 (-1,92%).

O desempenho da moeda norte-americana destoou do movimento no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, avançou 0,25% com a desvalorização do iene.

O que mexeu com o dólar hoje?

Na comparação com o real, a moeda norte-americana recuou mais de 1% com a reação do mercado à a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O destaque do documento foi a sinalização de que o colegiado está, em unanimidade, pronto para elevar a taxa Selic caso as tendências recentes nas expectativas de inflação e na dinâmica da taxa de câmbio persistam. Mesmo assim, o mercado mantém a Selic em 10,50% ao ano em dezembro, no cenário-base.

“No entanto, os sinais foram mistos no decorrer da ata, uma vez que o Copom ressalta que para o cenário atual a manutenção da Selic está apropriada, e consideramos que a taxa de juros está restritiva o suficiente para trazer a inflação para a meta no horizonte relevante, que agora inclui o começo de 2026”, afirma Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter.

Na avaliação do Itaú, o real deve se fortalecer nas próximas semanas, à medida que os mercados globais se acalmam — o que amenizaria a necessidade de novas altas.

Já no exterior, o dólar ganhou força à medida que o iene desvalorizou pela primeira vez em agosto.

A moeda japonesa perdeu fôlego com o desmonte das operações de “carry trade” — em que as posições de tomada de empréstimos são “zeradas” e deixam de ser atrativas.

Os ganhos recentes do iene foram impulsionados por um aumento na volatilidade, fazendo com que investidores abandonassem as outrora populares operações de “carry trade“— em que o investidor toma recursos emprestados em países com juros mais baixos e aplica em países com taxas mais elevadas — devido ao aumento dos juros pelo Banco do Japão na semana passada.

Os operadores agora esperam 110 pontos-base de afrouxamento este ano por parte do Federal Reserve (Fed), precificando uma chance de 80% de um corte de 50 pontos-base em setembro, o que levaria os juros ao intervalo de 4,75% a 5,00% ao ano.

 

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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