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Dólar cai 1% com novos dados fracos de emprego nos EUA; moeda norte-americana fecha a R$ 5,57

05 set 2024, 17:02 - atualizado em 05 set 2024, 17:08
dolar - real
O dólar ante o real acompanhou o desempenho do exterior em reação a dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos

O dólar à vista (USDBRL) teve mais um dia de instabilidade ante o real com reação a novos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos antes do relatório oficial de empregos, o payroll, que será divulgado nesta sexta-feira (6).

Na comparação com o real, moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,5711 (-1,22%).



O desempenho seguiu a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou com baixa de 0,24%.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, o destaque do dia foi a divulgação de dados econômicos.

O governo central registrou um déficit primário de R$ 9,283 bilhões em julho, desempenho melhor do que o saldo negativo de R$ 35,921 bilhões observado no mesmo mês do ano passado, segundo dados do Tesouro Nacional.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o governo central acumulou um déficit primário de R$ 77,858 bilhões. Já em 12 meses, as contas do governo central acumulam déficit de R$ 233,3 bilhões, o equivalente a 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB).

Os dados acumulados seguem distantes da meta de déficit primário zero fixada pelo governo para 2024, que conta com uma banda de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, equivalente a cerca de R$ 29 bilhões de reais.

Já a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 4,828 bilhões em agosto, uma queda de 49,9% sobre o resultado positivo apurado no mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O saldo chega abaixo das expectativas de economistas consultados pela Reuters, que previam saldo positivo de US$ 6,1 bilhões para o período.

No exterior, o dólar seguiu o ritmo de quedas em meio às apostas de corte nos juros norte-americanos pelo Federal Reserve em setembro.

Nesta quinta-feira (5), novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos foram divulgados.

O setor privado do país criou 99 mil novas vagas em agosto, mostra o Relatório da Automatic Data Processing (ADP), a menor quantidade de postos de trabalho abertas em mais de três anos. O número de agosto veio bem abaixo da expectativa do mercado, que esperava a criação de 144 mil postos no mês.

Já o número de pedido de auxílio-desemprego no país caiu 5 mil na semana passada encerrada em 31 de agosto, para 227 mil. Os dados foram divulgados pelo Departamento do Trabalho. O mercado esperava 230 mil solicitações.

Em reação, os traders agora veem 55% de chance de o banco central norte-americano com corte de 25 pontos-base, o que levaria os juros na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group. Ontem (4), essa probabilidade era de 56,0%.

Em consequência, as apostas pela redução de 50 pontos-base, que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 4,75% a 5,00% ao ano, aumentaram de 44,0% (ontem) para 45% hoje.

Vale lembrar que quanto mais o Fed reduzir os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atrativo à medida que os rendimentos dos Treasuries caem, gerando apetite por risco em outros mercados com juros mais altos, como o Brasil.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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