Dólar tem leve queda após dados de emprego reforçarem apostas de corte nos juros nos EUA; moeda norte-americana fecha a R$ 5,63
O dólar à vista (USDBRL) operou volátil e encerrou a sessão próximo da estabilidade, em meio ao enfraquecimento das commodities e dados nos Estados Unidos. O mercado local ainda repercutiu o crescimento da economia brasileira acima do esperado para o segundo trimestre.
Na comparação com o real, moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,6397 (-0,01%).
O desempenho do dólar foi puxado pelo exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou com baixa de 0,48%.
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O que mexeu com o dólar hoje?
O dólar ficou volátil ao longo d0 dia, em meio ao apetite ao risco no cenário doméstico e elevação das apostas de corte nos juros na maior economia do mundo.
A forte queda nos preços de commodities também influenciou na falta da atratividade das moedas emergentes, como o real, frente ao dólar.
Na China, o contrato de janeiro de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações com perda de mais de 3%; a tonelada atingiu a menor cotação desde 31 de outubro de 2022. Também foi o preço mais baixo do ano.
Já o petróleo Brent caiu mais de 1% e estendeu as perdas pela segunda sessão consecutiva.
A moeda norte-americana também reagiu a novos dados de atividade econômica nos Estados Unidos.
O relatório de emprego Jolts mostrou que o número de vagas abertas no país caiu de 7,910 milhões (revisado) em junho para 7,673 milhões em julho. A expectativa era de avanço a 8,1 milhões no mês.
Com a abertura de postos de trabalho em julho mais fraca do que a esperada, o mercado elevou as apostas de um corte maior nos juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro.
Os traders agora veem 43% de chance de o banco central norte-americano reduzir os juros em 50 pontos-base, levando os Fed Funds ao intervalo de 4,75% a 5,00%, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group. Ontem (3), essa probabilidade era de 38,0%. Logo após a divulgação do dado, as apostas bateram 51%.
Em consequência, as apostas pelo corte de 25 pontos-base, que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 5,00% a 5,25% ao ano, seguem como majoritárias e recuaram de 62,0% (ontem) para 57% hoje.
Quanto mais o Fed reduzir os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atrativo à medida que os rendimentos dos Treasuries caem, gerando apetite por risco em outros mercados com juros mais altos, como o Brasil.