Após renovar máxima intradia em dois meses, dólar fecha em leve alta a R$ 5,76 com Haddad
Com foco no cenário fiscal, dólar à vista (USDBRL) encostou em R$ 5,80 nas primeiras horas do pregão, mas cedeu à pressão externa na reta final dos negócios nesta quarta-feira (30).
Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,7616 (+0,92%). Durante o pregão, a divisa bateu máxima a R$ R$ 5,7927 — no maior nível intradia desde agosto.
O desempenho acompanhou da tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, teve queda de 0,21% hoje.
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O que mexeu com o dólar hoje?
O dólar seguiu estendendo os ganhos com as incertezas sobre o cenário fiscal como pano de fundo.
Em novas declarações, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil tem tarefas a cumprir e que fará as reformas que forem necessárias para assegurar a estabilidade macroeconômica e o crescimento da economia.
“Mas nós estamos atentos aos desafios que estão colocados e temos segurança em dizer que nós vamos endereçar as reformas necessárias para manter a estabilidade macroeconômica do país e o Brasil continuar crescendo a taxas expressivas com justiça social”, disse Haddad.
Ele também afirmou que houve convergência com a Casa Civil em torno da elaboração de medidas para controle de despesas públicas, ressaltando que o plano passa por análise jurídica e sem dar prazo para apresentação.
Na véspera, o chefe da pasta econômica disse que não há data para o anúncio das medidas fiscais, o que levou o dólar a registrar o maior nível desde março de 2021.
No exterior, uma nova rodada de dados econômicos nos Estados Unidos.
Economistas consultados pela Reuters projetavam uma desaceleração na abertura de vagas para 114.000 em outubro.
Acrescentando à percepção de força da economia norte-americana, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 2,8% no terceiro trimestre, um pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de expansão de 3%, mas com os gastos das famílias e do governo subindo 3,7%.
O número ainda ficou acima da alta de 1,8% que o Fed considera como um crescimento não inflacionário.
Além disso, o mercado tem aumentado as apostas de vitória de Donald Trump na disputa pela Casa Branca em 5 de novembro.
*Com informações de Reuters