Mercados

Dólar fecha estável com exterior e interrompe sequência de altas

19 ago 2022, 18:28 - atualizado em 19 ago 2022, 18:28
Mercado Queda Oscilação gráfico
Na semana, moeda subiu mais de 1,8% em cautela com Fed e inflação nos EUA (Imagem: Freepik/rawpixel.com)

O dólar à vista fechou estável frente ao real, na casa dos R$ 5,16, após forte volatilidade no movimento intradiário. Com isso, a moeda norte-americana interrompeu sequência de quatro altas seguidas.

O dólar operou com sinal positivo por praticamente todo o pregão seguindo o exterior, onde a divisa estrangeira manteve os ganhos em relação aos pares.

Efeito Fed

O diretor de alocação e distribuição da InvestSmart XP, André Meirelles, comenta que a oscilação da moeda deve-se à divergência no discurso de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em relação à próxima reunião de política monetária. 

O que torna o cenário turvo e aumenta aversão ao risco, diz ele. Lá fora, o Dollar Index passou dos 108,200 pontos, maior nível em um mês.

“Além disso, dados de inflação na Europa aumentaram o temor de que os bancos centrais precisem ser mais agressivos no aumento das taxas de juros”, acrescenta Meirelles.

Fluxo local

O dólar repetiu um movimento observado nos últimos dias. A forte oscilação intradiária. Hoje, entre R$ 5,16 e R$ 5,21.

O sócio-diretor da Pronto Invest, Vanei Nagem, observa que esse pra lá e pra cá do dólar é efeito fluxo local, em meio à uma forte entrada de investidor estrangeiro na bolsa brasileira. Este mês, já entraram R$ 13 bilhões na B3.

“Esse fluxo que tem inibido uma alta exacerbada da moeda. Pode até ter uma oscilação forte ao longo do dia. Mas, mais para o fim do pregão, um movimento técnico tem dado essa segurada”, diz Nagem.

Ele acrescenta que sexta-feira, à tarde, normalmente há menor liquidez no mercado de câmbio, o que contribuiu para a estabilidade do dólar no fim do pregão.

A moeda estrangeira fechou a semana com valorização de 1,86%, na maior alta semanal em um mês.

Semana que vem

A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, destaca o Simpósio de Jackson Hole como principal evento da semana que vem em meio à discussão da alta da taxa de juros nos Estados Unidos

O presidente do Fed, Jerome Powell, participará do evento. Desde ontem, dirigentes do banco central norte-americano têm dado declarações sobre o futuro dos juros no país. Além disso, os dirigentes têm enfatizado a preocupação da autoridade monetária com a inflação.

Meirelles, da InvestSmart XP, acrescenta que dados de atividade nos Estados Unidos também podem trazer pistas sobre os próximos passos do Fed na reunião de política monetária, em setembro.

Aqui, as eleições seguem no radar, enquanto a campanha eleitoral ganha fôlego.

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