Dólar fecha em queda, abaixo de R$ 5,15, com exterior positivo
O dólar à vista fechou em queda de 1,3% frente ao real, negociado na casa dos R$ 5,14, acompanhando o pregão mais positivo no exterior, onde a moeda perdeu para os seus principais.
Foi um dia de maior procura por risco no exterior, diz o diretor de câmbio de uma corretora local. Com isso, o dólar recuou ante as suas principais moedas pares e para a maioria das de países emergentes.
Lá fora, o Dollar Index operou em queda ao longo do dia, negociado abaixo dos 109 pontos.
“Além disso, teve entrada de fluxo estrangeiro para a bolsa brasileira e para a renda fixa”, comenta.
O dólar fechou a semana marcada por feriados aqui e nos Estados Unidos em queda de 0,8%.
IPCA
Investidores locais também digeriram os números da inflação doméstica, em agosto. O IPCA caiu 0,36% em agosto, puxado pelo grupo de transportes, refletindo a queda dos preços de combustíveis.
A gasolina, em especial, caiu mais de 10% no mês passado. Os preços das passagens aéreas, do mesmo grupo, também acompanharam o recuo.
O head de gestão de investimentos da Warren, Igor Cavaca, avalia que o indicador apresentou comportamento pior do que o esperado em alguns componentes.
Porém, a queda do IPCA segue tendo impacto expressivo decorrente da queda de preço dos combustíveis, reforçando o papel positivo que a gasolina tem exercido para a queda da inflação.
Contudo, Cavaca destaca que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central irá avaliar o indicador na próxima decisão de política monetária, no dia 21 deste mês.
“Entretanto, não acreditamos que tende a gerar grande efeito [na decisão do Copom]. Não teremos novas altas de juros na próxima decisão, com a taxa Selic fechando o ano em 13,75%”, pondera.
Semana que vem
Em uma semana carregada de indicadores econômicos, o destaque fica para os dados de atividade dos Estados Unidos, em agosto. Principalmente, o indicador de inflação (CPI, na sigla em inglês).
“Esses números devem trazer alguma volatilidade ao mercado. De qualquer forma, espera-se que eles também tragam pistas sobre a decisão do Federal Reserve [Fed, o banco central norte-americana]”, observa a economista do banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli.
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