Mercados

Dólar fecha em queda, a R$ 5,20, com ajuste pós-feriado e exterior

08 set 2022, 18:57 - atualizado em 08 set 2022, 18:57
Dólar fecha em queda em ajuste na volta do feriado de 7 de setembro, na casa dos R$ 5,20, de olho em bancos centrais (Imagem Unsplash)

O dólar à vista fechou em queda de 0,8% frente ao real, negociado a R$ 5,20 para venda, em ajuste na volta do feriado de 7 de setembro e com investidores atentos ao exterior.

No início da tarde, porém, acompanhando a valorização em relação aos seus principais pares globais e com a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), a moeda norte-americana ensaiou alta, indo a R$ 5,25.

“Com os ajustes técnicos na volta do feriado e com a entrada de um fluxo na bolsa brasileira, a moeda voltou a cair”, comenta o gerente da mesa de câmbio da Correparti, Guilherme Esquelbek.

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Bancos Centrais no front

Lá fora, o assunto do dia foi a política monetária dos principais bancos centrais. Hoje, o BCE anunciou a elevação da taxa de juros referencial em 0,75 ponto percentual (p.p.). Parte do mercado esperava aperto monetário de 0,50 p.p.

Além do aumento da taxa de juros, a autoridade monetária deixou claro que a economia na zona do euro entrará em estagnação até o fim deste ano e se manterá nesta situação ao longo do primeiro trimestre de 2023.

Quem também deu as caras hoje foi o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell.

Ele reforçou que o plano do Fed é voltar a inflação à meta de 2% – atualmente, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) registra alta de 8,5% no acumulado em 12 meses.

Após as declarações de Powell, as apostas de alta de 0,75 p.p. da taxa de juros aumentaram, passando de 80%. A decisão de política monetária do Fed será divulgada no dia 21 deste mês.

Amanhã

A semana marcada por feriados aqui e nos Estados Unidos fecha com os números de inflação oficial do Brasil (IPCA) referentes a agosto.

Os analistas do Inter Research esperam deflação próxima de 0,4%.

“Mas vamos analisar com lupa os núcleos e os preços dos serviços. Um dado mais ameno pode consolidar as apostas de manutenção da [taxa] Selic na próxima reunião do Copom”, comentam.

A decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) também será divulgada no dia 21.

A ata da última reunião indicou o fim do ciclo de alta de juros. Todavia, nesta semana, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou que a Selic ainda pode ter uma elevação de 0,25 p.p.

As declarações foram consideradas “hawkish” (duras) por parte do mercado.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
flavya.pereira@moneytimes.com.br
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