Dólar fecha em alta com exterior e cautela antes do feriado
O dólar à vista fechou em alta de 1,6% frente ao real, cotado a praticamente R$ 5,24 para venda, em pregão de moeda mais forte no exterior e cautela local na véspera de feriado.
Lá fora, o Dollar Index subiu por mais um dia e chegou, novamente, aos picos de máxima em mais de 20 anos – desde janeiro de 2002 -, ao bater os 110,5 pontos.
Contudo, em meio a queda dos preços de commodities, as moedas de países emergentes operaram enfraquecidas ante o dólar, com destaque para o real.
Cautela pré-feriado e BC
A desvalorização mais intensa da moeda local refletiu também o viés de cautela dos investidores domésticos antes do feriado de 7 de setembro.
Além disso, o mercado reagiu às declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, dadas ontem, de que o ciclo de aperto monetário pode não ter chegado ao fim.
Entretanto, o BC brasileiro pode ainda elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, 14% ao ano.
Porém, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deu sinais de que a autoridade monetária pausaria o ciclo de altas, mantendo a taxa em 13,75% no encontro deste mês.
O tom de Campos Neto foi visto pelo mercado como “hawkish” (duro), assim como a do diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, que hoje fez comentários o cenário inflacionário.
A equipe econômica da Guide Investimentos destaca o viés “hawkish” de Campos Neto, mencionando que por mais que a inflação pareça ter atingido o pico, os riscos de que ela se situe em patamar elevado por mais tempo ainda é presente e preocupante.
Com isso, os juros também deveriam demorar mais para cair. “E Serra foi na mesma linha ao afirmar que a inflação segue acima da meta até o começo de 2024, que é a “ponta” do horizonte relevante da política monetária [ou 6 trimestres]”, dizem os analistas da Guide.
BCE abre super setembro
Na volta do feriado, o mercado local já digere a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na qual a expectativa é uma elevação da taxa de juros.
O banco central da zona da euro abre o “super setembro” de decisões de política monetária.
Na semana que vem, tem a reunião do Banco da Inglaterra (BoE). Em 21 de setembro, é a vez do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco Central brasileiro divulgarem suas decisões sobre a taxa de juros.
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