Dólar fecha em alta, a R$ 5,76, no maior nível em mais de três anos
O dólar à vista (USDBRL) teve um dia agitada por dados econômicos nos Estados Unidos, queda das commodities e expectativa pelo anúncio de medidas fiscais no Brasil.
Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,7616 (+0,92%). Esse é o maior nível desde maior nível desde março de 2021.
O desempenho destoou da tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, teve leve queda de 0,02% hoje.
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O que mexeu com o dólar hoje?
O dólar operou volátil com expectativas de anúncio de medidas para equilibrar as contas do governo e dados econômicos nos Estados Unidos.
No cenário doméstico, o quadro fiscal segue no foco dos investidores.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o conjunto de medidas de contenção de gastos a ser apresentado pela área econômica do governo ainda está em análise e não há uma data para ser divulgado. Ele ainda disse a equipe econômica tem feito contas para “fazer uma coisa ajustadinha”.
Em entrevista rápida a jornalistas na saída da Fazenda, Haddad afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu mais dados sobre as propostas e que a Fazenda está fornecendo as informações.
No exterior, o apetite ao risco pressionou a moeda norte-americana, em reação a dados econômicos nos Estados Unidos.
As vagas de emprego em aberto caíram para o nível mais baixo em mais de três anos e meio em setembro, e os dados do mês anterior foram revisados para baixo, apontando para uma redução considerável nas condições do mercado de trabalho.
O relatório Jolts, divulgado pelo Departamento do Trabalho norte-americano, mostrou que as vagas de emprego em aberto estavam em 7,44 milhões em setembro, abaixo da estimativa de 8 milhões em uma pesquisa da Reuters com economistas.
Um relatório separado mostrou que a confiança do consumidor norte-americano subiu para 108,7 em outubro, acima dos 99,5 estimados.
Além disso, o mercado tem aumentado as apostas de vitória de Donald Trump na disputa pela Casa Branca em 5 de novembro.
*Com informações de Reuters