Dólar à vista sobe quase 1% e fecha a R$ 5,55 com indicação de Galípolo à presidência do Banco Central
O dólar à vista (USDBRL), que já operava em alta durante toda a sessão desta quarta-feira (28), estendeu os ganhos na reta final do pregão, após o anúncio da indicação do governo do atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, à presidência do Banco Central.
Na comparação com o real, moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,5555 (+0,96%), próximo da máxima intradia. Durante o dia, o dólar atingiu R$ 5,5645 (+1,21%).
O desempenho do dólar acompanhou o exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou com alta de 0,56%.
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O que mexeu com o dólar hoje?
O dólar iniciou o dia em alta em relação ao real em sintonia com o desempenho da moeda ante divisas globais. Os investidores seguiram em compasso de espera por dados de atividade econômica nos Estados Unidos.
O Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE), o índice inflacionário preferido do Federal Reserve, além da segunda prévia do Produto Interno Bruto (PIB), devem ser divulgados nos próximos dias.
Os dados devem ajudar a calibrar as apostas sobre a magnitude do corte nos juros pelo Federal Reserve em setembro.
Mas o cenário doméstico também contribuiu para o avanço da moeda norte-americana.
Em destaque, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a indicação do atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, para a presidência do Banco Central. Se aprovado pelo Senado, ele deve assumir a cadeira em janeiro de 2025.
O nome de Galípolo foi bem recebido por agentes do mercado financeiro e já era ventilado como o favorito de Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a presidência. Lula, inclusive, teve reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para alinhar a nomeação.
Em evento em São Paulo, Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, disse estar “à disposição para fazer a sucessão da melhor forma possível”. Ele até já defendia o anúncio antecipado do novo presidente, devido à sabatina no Senado.
Em segundo plano, o mercado reagiu a novos dados do mercado de trabalho.
O Brasil criou 188.021 vagas formais de trabalho em julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O número veio pouco abaixo da expectativa dos economistas consultados pela Reuters, que previam a criação de 190 mil vagas no mês.