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Dólar amplia força ante real com fiscal e eleições nos EUA no radar e fecha a R$ 5,70; moeda norte-americana tem leve avanço na semana

25 out 2024, 17:03 - atualizado em 25 out 2024, 17:03
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O dólar avançou em meio a agenda esvaziada no Brasil e no exterior; o cenário fiscal doméstico e eleições nos EUA seguiram no radar (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) seguiu forte em relação ao real nesta sexta-feira (25) e terminou a sessão — e a semana — em tom positivo.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,7051 (+0,75%). Na semana, a alta acumulada foi de 0,11%.



O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, subiu 0,26% hoje.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O dólar operou instável em meio à fraqueza das commodities, expectativas para as eleições dos Estados Unidos e a continuidade das incertezas sobre o cenário fiscal brasileiro.

No cenário doméstico, a cautela fiscal seguiu no radar, em dia de agenda local mais esvaziada no campo de dados econômicos e concentrada da repercussão de balanços corporativos.

Os agentes financeiros seguem receosos em relação às promessas do governo de medidas de contenção de gastos a fim de se cumprir as regras do arcabouço fiscal e controlar a trajetória da dívida, mesmo após falas de autoridades que geraram algum alívio na quinta-feira (24).

Em segundo plano, o diretor de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, Renato Gomes, listou uma série de fatores que suscitam preocupações com a política fiscal do governo, argumentando que ingredientes recentes nessa área assustaram o mercado.

Entre os fatores, o diretor citou a previsão de aumento do déficit de empresas estatais por meio da aceleração de investimentos dessas companhias por fora do arcabouço fiscal, apontando também que o mercado está inquieto com a possibilidade de o governo não atingir a meta fiscal de déficit zero de 2025.

Em evento do Bank of America em Washington, às margens das reuniões do FMI e do Banco Mundial, Gomes também disse que a atuação do BC nos juros segue focada em levar a inflação exatamente à meta de 3%, mas com uma calibragem que leve em conta as incertezas do cenário.

No exterior, a disputa pela Casa Branca ainda segue no radar, com analistas projetando que uma vitória do ex-presidente Donald Trump no pleito poderia prejudicar a moeda brasileira, já que suas promessas econômicas são consideradas inflacionárias, o que pode manter os juros norte-americanos mais altos.

O resultado pode trazer nova força para o dólar nas próximas sessões, uma vez que reforça as perspectivas de um afrouxamento monetário gradual pelo Federal Reserve, o que impulsiona os rendimentos dos Treasuries.

*Com informações de Reuters