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Dólar retoma ritmo de ganhos com prévia de inflação e exterior; moeda norte-americana fecha a R$ 5,47

25 set 2024, 17:04 - atualizado em 25 set 2024, 17:06
dolar - real
O dólar voltou a se valorizar ante o real em meio a incertezas quanto a trajetória da Selic após prévia da inflação mais fraca (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) voltou a ganhar força no Brasil e no exterior com os dados de inflação em foco. Mesmo com a valorização, a divisa seguiu cotada abaixo de R$ 5,50.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,4761 (+0,24%).



O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou em alta de 0,51%.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O dólar recuperou parte das perdas da véspera.

No cenário doméstico, o mercado repercutiu o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).

A prévia da inflação oficial registrou uma alta de 0,13% em setembro, contra 0,19% em agosto.

Na avaliação do Itaú, o dado veio significativamente abaixo das expectativa e com “abertura bem melhor do que a esperada, especialmente em função da surpresa baixista em serviços subjacentes”.

“Por outro lado, os serviços subjacentes ligados a mão de obra e alimentação fora do domicílio seguem comportados, a despeito do mercado de trabalho apertado”, escreve a economista Luciana Rabelo, em nota.

Já no exterior, novas medidas de estímulo à economia da China reduziu a força do dólar. Em um movimento iniciado na véspera, o Banco Central da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou uma nova redução na taxa do instrumento de empréstimo de médio prazo (MLF) de um ano para algumas instituições financeiras de 2,30% para 2,00%.

O anúncio provocou uma melhora na percepção global sobre o consumo na China, maior importador de matérias-primas do planeta, impulsionando ativos em diversos mercados, incluindo ações e moedas de países com relações comerciais profundas com o gigante asiático.

Países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil, foram impactados positivamente através do aumento dos preços das commodities, como o minério de ferro — que avançou mais de 4% hoje.

Ao longo da semana, os investidores acompanham o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

Já na agenda internacional, a semana também será recheada de dados, como o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) — referência de inflação para o Fed — e a prévia do PIB dos Estados Unidos.

*Com informações de Reuters