Dólar tem leve alta e fecha a R$ 5,69 com dados de arrecadação do governo brasileiro e eleições nos EUA
O dólar à vista (USDBRL) teve um dia de instabilidade, em meio a dados econômicos no Brasil, incertezas sobre o cenário fiscal e exterior.
Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,6973 (+0,12%).
O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, subiu 0,11% hoje.
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O que mexeu com o dólar hoje?
O dólar operou instável em meio à fraqueza do minério de ferro, expectativas para as eleições dos Estados Unidos e a continuidade das incertezas sobre o cenário fiscal brasileiro.
No cenário doméstico, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que a área econômica entregará em breve ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um conjunto de iniciativas para a contenção de gastos do governo federal.
Em entrevista ao Atlantic Council, em Washington, Tebet frisou estar “chegando a hora” de uma revisão estrutural das despesas.
“Vamos entregar em breve ao presidente Lula, ainda este ano, um pacote de medidas para a contenção de gastos, que se refere à qualidade desses gastos, para que a gente possa ter sustentabilidade da dívida pública como forma de termos juros mais baixos e tornar o ambiente de negócios do Brasil mais atrativo”, disse a ministra.
Além disso, a arrecadação do governo federal somou R$ 203,169 bilhões em setembro, uma alta real de 11,61% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Esse foi o melhor resultado para o mês da série histórica iniciada em 1995. Os dados foram divulgados pela Receita Federal.
O dado mensal veio acima da expectativa indicada em pesquisa da Reuters, que apontava para arrecadação de R$ 201,1 bilhões em setembro.
No exterior, a moeda norte-americana também tem ganhado força nos últimos dias pelo aumento das apostas na vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos. O republicano tem prometido implementar medidas consideradas inflacionárias por parte de analistas, o que, em teoria, seria positivo para o dólar.
Por outro lado, as promessas do ex-presidente, que incluem tarifas e cortes de impostos, sugerem juros altos por mais tempo.
*Com informações de Reuters