Dólar renova máxima de dois meses e fecha em alta, a R$ 5,69; moeda norte-americana avança 1,5% na semana
O dólar à vista (USDBRL) voltou a subir ante as moedas emergentes com a desvalorização das commodities, em meio ao crescimento mais lento da economia chinesa.
Na comparação com o real, o dólar encerrou as negociações a R$ 5,6989 (+0,69%). Durante o pregão, a moeda norte-americana registrou a maior cotação intradia desde 6 de agosto, ao atingir R$ 5,7029.
Na semana, a moeda norte-americana avançou 1,49%.
O desempenho destoou da tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara a moeda norte-americana a uma cesta de seis divisas globais, recuou 0,31% hoje.
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O que mexeu com o dólar hoje?
No exterior, o dólar ganhou força com a continuidade da cautela com as contas públicas e a queda das commodities.
No cenário doméstico, o mercado aguarda o anúncio de medidas de contenção de gastos, enquanto o Executivo busca caminhos para cumprir as regras do arcabouço fiscal.
O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 1,55%, a 760,5 yuans (US$106,95) a tonelada.
A commodity reagiu ao Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre da China. O país apresentou uma expansão de 4,6% na atividade econômica entre julho e setembro. O resultado ficou abaixo dos três meses anteriores, quando foi registrado uma expansão de 4,7%, mas veio acima das projeções de 4,5%.
Sendo assim, a segunda maior economia do mundo cresceu em ritmo mais lento desde o início de 2023, embora os números de consumo e da produção das fábricas tenham superado as previsões.
Ainda na China, o BC chinês (PBoc, na sigla em inglês) deu início a dois esquemas de financiamento que injetarão até 800 bilhões de yuans (US$ 112,38 bilhões) no mercado de ações.
A autoridade monetária também pediu a implementação rápida de outras medidas financeiras a fim de impulsionar a economia chinesa, que tem enfrentado uma série de obstáculos, incluindo um setor imobiliário em crise e uma demanda interna fraca.
Já os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para dezembro, terminaram a sessão em baixa de 1,87%, a US$ 73,06 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
A moeda norte-americana também foi impulsionada nos últimos dias pelo aumento das apostas na vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos. O republicano tem prometido implementar medidas consideradas inflacionárias por parte de analistas, o que, em teoria, seria positivo para o dólar.
*Com informações de Reuters