Dólar perde força na reta final do pregão e cai a R$ 5,65; veja o que movimentou o dia
O dólar à vista (USDBRL) perdeu força na reta final do pregão, mas o cenário fiscal doméstico permaneceu no foco dos investidores. O tombo de quase 6% do minério de ferro também pressionou moedas emergentes após a frustração do mercado com anúncio de estímulos na China.
Na comparação com o real, o dólar encerrou as negociações a R$ 5,6596 (-0,10%).
O desempenho destoou da tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara a moeda norte-americana a uma cesta de seis divisas globais, fechou em alta de 0,21%.
O que mexeu com o dólar hoje?
Apesar da queda do dólar ante o real na reta final da sessão, em meio a “ajustes”, a moeda norte-americana chegou a encostar na cotação de R$ 5,70.
Isso porque, ao longo da sessão, a cautela fiscal seguiu pressionando o real no cenário doméstico.
No exterior, a queda do minério de ferro seguiu pressionando as moedas emergentes, com a falta de novos estímulos na China.
O contrato da commodity mais negociado na Bolsa de Commodities de Dalian, com vencimento em janeiro de 2025, encerrou as negociações com queda de 5,99%, a 746,0 yuans (o equivalente a US$ 104,74) a tonelada — o menor nível desde 30 de setembro.
As expectativas de estímulo fiscal na China foram frustradas depois que o Ministério das Finanças não expandir as medidas para além do apoio de crédito já existente às incorporadoras imobiliárias.
A China, porém, disse que ampliará uma lista de projetos habitacionais elegíveis para financiamento e aumentará os empréstimos bancários para esses empreendimentos para 4 trilhões de yuans, o equivalente a US$ 562 bilhões.
Nos Estados Unidos, dados econômicos reduzirem ainda mais a expectativa por um afrouxamento monetário agressivo pelo Federal Reserve (Fed) em novembro.
As vendas no varejo norte-americano subiram 0,4% em setembro na base mensal, acima da alta de 0,3% esperada por analistas consultados pela Reuters e uma melhora ante o avanço de 0,1% no mês anterior.
Os pedidos de seguro-desemprego no país para a semana encerrada em 12 de outubro também foram menores do que o esperado.
Já na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu os juros em 25 pontos-base, o terceiro corte desde o início do ano. Com o corte, a taxa de referência caiu para 3,25% ao ano.
O BC não forneceu nenhuma indicação sobre futuros movimentos em sua declaração e, em vez disso, reforçou a comunicação de que as próximas decisões dependerão dos dados.
*Com informações de Reuters